Quase dois anos após o crime, Eduardo Freitas Meireles, 23 amos, está frente ao Tribunal do Júri de Caxias do Sul acusado de matar Douglas Corrêa da Silva Assunção, 22 anos. Por esta investigação, o réu está preso preventivamente no Presídio Regional de Caxias desde 12 de março do ano passado.
A sessão iniciou às 9h30min e ouviu duas testemunhas nesta manhã. O próximo passo é realizar o interrogatório do réu e, à tarde, devem acontecer os debates. A previsão é que o júri prossiga até o anoitecer.
O crime aconteceu no dia 28 de novembro de 2020, por volta das 4h, próximo ao Anexos Snooker Bar, na Rua Carlos Chagas, bairro São José. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), Meireles teve um desentendimento dentro do estabelecimento. Assunção teria se aproximado e sugerido que Meireles deixasse o local, pois poderia ser morto. A denúncia do MP relata que, de forma desproporcional, Meireles se voltou contra Assunção, sacou uma arma de fogo e atirou sete vezes contra o peito e pescoço da vítima.
Para a Promotoria, o homicídios foi qualificado por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Em interrogatório durante o processo, Meireles contou uma versão diferente do que a apresentada pela investigação com base nos relatos das testemunhas. O réu afirmou que estava no bar quando um carro passou e foram ouvidos disparos. Ele alega que os tripulantes desse veículo gritaram o seu apelido e o ameaçaram de morte. Ao sair do bar, Meireles relatou que viu "quatro ou cinco rapazes" vindo em sua direção e que um deles fez menção de puxar uma arma.
Neste momento, teria acontecido um tumulto quando, sem saber de que maneira, Meireles disse ter conseguido pegar uma arma e que esta acabou disparando. O réu conta que estava muito nervoso naquele momento e deixou a arma cair no chão. Depois, fugiu e disse ter ouvido mais tiros. O réu alega que nunca havia manuseado arma de fogo antes.