A mãe de Daniel Strasser Oliveira, 18 anos, buscou a reportagem do jornal Pioneiro na tarde desta terça-feira (19) para se pronunciar sobre a morte do jovem. O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira (18). Ele foi localizado na Rua Moreira César, no bairro Pio X, próximo à Perimetral Norte, com sinais de espancamento.
Em meio ao luto, a dona de casa Carla Strasser tenta entender o porquê um suposto desentendimento envolvendo uma motocicleta resultou na morte do rapaz. Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, o jovem estava em um bar jogando sinuca quando pediu uma motocicleta emprestada e saiu do local. Quando retornou, a moto estava danificada, o que gerou desentendimentos entre o dono do veículo e Daniel.
Dois suspeitos de envolvimento no homicídio, ambos com 22 anos, foram presos pela Brigada Militar ainda na madrugada de segunda-feira e, após, recolhidos ao presídio. Com eles, foram apreendidos capacetes que podem ter sido usados para agredir o jovem.
Daniel foi sepultado na manhã desta terça no Cemitério Santos Anjos. Morador do bairro Ana Rech, ele deixa os pais, Dionei da Silva Oliveira e Carla Strasser, e dois irmãos.
O caso é investigado agora pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Pioneiro: O que a família sabe até o momento?
Carla Strasser, mãe de Daniel: O Daniel foi na carona da moto, não estava pilotando. Se foi pelo espelho ou se fosse pela moto inteira, a gente pagava, resolvia a situação. Não se tira a vida de ninguém por causa disso. Eu só quero justiça, que paguem pelo que fizeram. Não precisavam ter matado o meu filho.
Ele costumava frequentar esse bar?
Ele ia uma vez por semana. Era um ambiente que ele gostava de ir.
Quando vocês se falaram pela última vez?
Ele saiu era umas sete, sete e meia (da noite) no domingo. Vieram buscar ele em casa para jogar sinuca. Antes, até a gente tinha brincado, que eu falei para ele comer uns pasteis que eu tinha comprado e peguei uns docinhos dele (...) Foi a última vez que eu falei com o meu filho. Às três horas da manhã, meu sobrinho ligou, não sei como ficou sabendo. Aí eu tentei ligar para ele (Daniel), mandei um oi e nada. O celular dele não apareceu, só me entregaram os documentos. Não sei se caiu ou o que aconteceu.
Como era o Daniel?
Estava estudando e ia começar a trabalhar agora, era um guri bom. Ele foi criado em CTG, gostava de moto também. O Daniel nunca estava sozinho, estava sempre rodeado de amigos, tanto que foram buscar ele em casa para sair. Teve muita gente no velório que eu nunca vi na frente, pelo carinho que sentiam por ele.