Quatro pessoas de uma mesma família foram presas temporariamente pelo assassinato de Carlos Alberto Domingues Oliveira, 30 anos, em Caxias do Sul. A Operação Duas Torres foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17). Segundo a Polícia Civil, Oliveira foi assassinado porque socorreu um vizinho que é desafeto da família investigada.
Os crimes aconteceram na noite de 4 de agosto, na Rua das Torres, bairro Santa Fé. Segundo a Delegacia de Homicídios, o grupo familiar tentou matar um desafeto em razão de um antigo homicídio envolvendo parentes dos suspeitos investigados. O desafeto da família foi socorrido por Oliveira, que o levou para atendimento médico.
Na mesma madrugada, o grupo criminoso retornou e matou a tiros Oliveira em retaliação ao socorro prestado mais cedo. Testemunhas confirmaram que os participantes dos crimes eram os mesmos. O grupo era morador do bairro e, portanto, conhecido naquela região.
— A motivação é que o primeiro ataque vem desta desavença pretérita envolvendo a família dos suspeitos e a família da vítima. Já existia uma animosidade, mas ainda tentamos esclarecer qual foi o estopim para esta conduta. Este homem que foi morto só era amigo e vizinho desta vítima inicial. Tudo sugere que (a execução dele) foi uma represália por ter socorrido a vítima do primeiro ataque — aponta o delegado Caio Márcio Fernandes.
Durante os ataques, uma residência de madeira foi completamente destruída pelo incêndio provocado pelos criminosos. De acordo com a Delegacia de Homicídios, a operação desta sexta-feira foi denominada Duas Torres em razão dos crimes terem ocorrido nesta região do bairro Santa Fé, que é conhecida pelas torres de transmissão de energia elétrica.
— Entre estes quatro presos, uns foram os executores (dos tiros) e outros deram suporte para a realização deste crime. As informações de populares é que este grupo exerce um certo temor na vizinhança. Se sentiam ameaçados — aponta o delegado de Homicídios.
Os presos, que não tiveram a identidade divulgada, são todos homens que tem idades de 18, 21, 27 e 46 anos. Deles, três já possuíam antecedentes criminais. Em depoimento à Polícia Civil, os quatro presos temporárias negaram a autoria dos crimes.