Uma ocorrência inusitada chamou atenção no centro de Caxias do Sul nesta sexta-feira (12). Um homem de 32 anos foi flagrado por seguranças no telhado do Hipermercado Big, na esquina da Ernesto Alves com a Marquês do Herval, por volta das 8h. Ao ver os funcionários, o homem se pendurou em um pilar e ameaçou se jogar de uma altura aproximada de 15 metros. Policiais militares e bombeiros foram acionados e negociaram por mais de seis horas até o suspeito de entregar.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) como uma tentativa de furto. Supostamente, ele teria subido no telhado para furtar fiação do estabelecimento. Contudo, como não há provas de que ele iria cometer o crime, ele foi liberado. Um inquérito será aberto na Polícia Civil para apurar as circunstâncias do caso.
— Tecnicamente, não houve o flagrante de um delito. O indicativo é que ele subiu para lá para cometer este furto, mas não existem elementos. Possivelmente, seria um furto de fios, conforme as informações dos seguranças do local. Será feito o registro de ocorrência como suspeito de uma tentativa de furto e será investigado posteriormente (em inquérito policial) — explica o delegado Ederson Bilhan.
A situação chamou atenção de vários populares, que acreditavam se tratar de uma tentativa de suicídio. Os bombeiros também foram acionados para o resgate e a negociação com o homem. Pouco antes das 14h, o homem se entregou, foi detido e encaminhado para a delegacia. A identidade dele não foi divulgada. Conforme Bilhan, o homem tem passagens por furtos e crimes contra o patrimônio na polícia.
Segundo o delegado, o homem preferiu não se manifestar na delegacia.
— Foi uma tentativa de fuga conforme a situação. Claro, poderia estar sob a influência de álcool ou drogas. Mas tudo será investigado no inquérito policial.
O homem é conhecido de trabalhadores daquele ponto da cidade. Segundo um taxista, ele passa as tardes na região central.
— Ele é um destes sujeitos de rua que ficam perambulando por aqui e juntam latinha, furtam fios — relata um taxista que trabalha há 14 anos no ponto do hipermercado.
A reportagem contatou o Centro de Referência Especializada de Assistência Social para População de Rua (Centro Pop Rua), mas o serviço não soube apontar se prestou atendimento em algum momento ao homem, pois não sabia a identificação dele. Procurada, a Fundação de Assistência Social (FAS) ainda não se manifestou sobre o encaminhamento que pode ser dado ao caso.