A Polícia Civil de Parobé encontrou a caminhonete do contador aposentado Antônio Ide Cavalli, 69 anos, que está desaparecido desde o dia 5 de dezembro em Canela. A Sportage prata foi encontrada incendiada em um matagal próximo da RS-239, entre Araricá e Parobé. A perícia encontrou restos mortais dentro do veículo, mas será necessário um exame de DNA para confirmar se a vítima é o contador.
A caminhonete foi encontrada na tarde de quinta-feira (28), mas precisou de perícia para confirmar que pertencia ao contador, o que só foi possível na manhã desta sexta-feira (29).
O fato da Sportage ter sido incendiada corrobora com a linha de investigação que o contador aposentado foi vítima de um latrocínio (roubo com morte). Segundo a Polícia Civil, o veículo estava em uma área afastada, que é conhecida por ser utilizada para desova de carros e cadáveres.
— É um trabalho conjunto entre as delegacias de Parobé e Canela, que estavam mobilizadas neste caso. (O encontro) não muda a investigação. Já sabíamos que ele havia sido arrebatado em Canela e que, provavelmente, houve a subtração de valores. A investigação já apontava que o carro e a vítima foram levados para outro município — afirma o delegado Gustavo da Rocha, titular de Parobé e que atua em substituição na Delegacia de Canela durante as férias do delegado Vladimir Medeiros.
O contador aposentado foi visto pela última vez no dia 5 de dezembro, quando conversou com lojistas que ficam no térreo do prédio em que morava na Rua Felisberto Soares, há duas quadras da igreja matriz de Canela. Contudo, o sumiço só foi informado para a Polícia Civil no dia 9, quando o apartamento da vítima foi encontrado arrombado.
A análise de câmeras de monitoramento pela Polícia Civil mostrou que a caminhonete Sportage é vista deixando a cidade e seguindo para a localidade de Passo do Inferno, que dá acesso ao interior de São Francisco de Paula e Caxias do Sul. As imagens não esclareciam quantos tripulantes estavam no veículo.
A hipótese é que o contador guardava uma grande quantia em dinheiro em seu apartamento — o valor não é confirmado pelos investigadores. Segundo a família, além da aposentadoria, Cavalli vivia da renda dos imóveis que alugava e costumava receber os pagamentos em espécie. Ao longo destes 55 dias de desaparecimento, a Polícia Civil evitou divulgar detalhes do caso para não atrapalhar as investigações.