O Ministério Público de Caxias do Sul interpôs recurso para aumentar a pena de Juliano Vieira Pimentel de Souza, 34 anos, que foi condenado por raptar, estuprar e matar Naiara Soares Gomes, sete anos. Ele foi sentenciado a 36 anos, seis meses e 20 dias de reclusão na quarta-feira (2). Os crimes foram cometidos em março de 2018.
O recurso foi interposto nesta sexta-feira (4). O promotor de Justiça João Francisco Ckless Filho, que atuou em plenário representando a acusação, afirma estar inconformado com a pena aplicada.
— Embora o Ministério Público respeite a decisão, nós já ingressamos com recurso para aumentá-la. Posteriormente, os autos virão para o gabinete para que sejam apresentadas as razões do recurso — explica o promotor.
Logo após o júri, a defesa de Juliano já havia anunciado que apelaria da decisão. Inclusive, o trio de advogados acredita que o júri deve ser anulado. Juliano está recolhido na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan 2) desde 2018.
Réu poderá postular regime semiaberto em 2039
Esta é a segunda condenação de Juliano por estupro de vulnerável. Em 2019, ele já havia sido sentenciado a 16 anos e seis meses de prisão por raptar e estuprar outra menina da mesma faixa etária que Naiara.
Somadas as duas penas, Juliano possui 53 anos de reclusão a cumprir. Pela legislação, ele terá que cumprir 21 anos e dois meses de prisão antes de poder postular a progressão para o regime semiaberto. Recolhido desde 2018, Juliano já cumpriu dois anos, oito meses e 13 dias de pena. Neste cálculo, ele precisará ficar recolhido em uma cadeia pelo menos até 2039.