A Polícia Civil prendeu o homem que aparece em vídeos ostentando armas e munições e fazendo ameaças a um desafeto em Flores da Cunha. O mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta sexta-feira (17), após o investigado ser liberado da clínica onde estava internado em Caxias do Sul.
Na semana passada, os investigadores já haviam feito buscas na casa dele e apreendido farto armamento. Após a prisão, o suspeito entregou outra arma de fogo que, embora legalizada, estava com registro vencido. O detido foi encaminhado para a Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, na localidade do Apanhador.
Leia mais
Desavença entre primos gerou vídeos de ameaças e apreensão de armas em Flores da Cunha
Após divulgação de vídeos, Polícia Civil apreende armamento na casa de morador de Flores da Cunha
O caso teve grande repercussão na primeira semana de 2020, quando as imagens foram amplamente compartilhadas nas redes sociais. O investigado aparecia fazendo diversas ameaças a um primo com quem mantém inimizade e mostra um morteiro amarrado em um botijão de gás. Em um segundo vídeo, o mesmo homem ameaça o parente de forma inusitada: ele está com a boca cheia de munição e cospe o material.
A situação ficou ainda mais tensa porque na sexta-feira, dia 3, o investigado concretizou parte do que vinha prometendo. Jogou um veículo Mercedes-Benz contra o portão da empresa do primo com o qual mantém inimizade e foi embora. Voltou pouco depois armado e ameaçou um funcionário.
Ele acabou deixando um revólver sobre uma mesa da empresa. Mais tarde, retornou novamente até a frente da empresa e disparou diversas vezes contra a fachada do pavilhão. Ninguém ficou ferido. Tudo isso num intervalo de seis horas, segundo a Brigada Militar (BM). O primo ameaçado não estava na cidade no dia do atentado na empresa, mas recebeu os vídeos do desafeto.
O homem foi internado na clínica de Caxias do Sul logo após o suposto surto. Na segunda-feira seguinte, dia 6, a Polícia Civil realizou buscas na casa do suspeito, no interior de Flores da Cunha, e apreendeu cinco espingardas, um morteiro e dezenas de munições. A investigação prossegue para verificar a procedência do armamento.