A polícia tentará descobrir, a partir desta segunda-feira, quem violou a sepultura de uma mulher morta há pouco mais de um ano em Flores da Cunha. O crime foi percebido por volta das 8h30min deste domingo (24) no Cemitério Público Municipal da cidade e traz ingredientes macabros. Segundo uma testemunha, o vigilante da prefeitura Luiz Carlos Pedron, os criminosos arrancaram a cabeça, braços e pernas do cadáver.
No local, foi deixado um pãozinho sujo de sangue com diversos alfinetes espetados. Dentro do pão, havia um papel com o nome de um casal da cidade. Ao lado, um copo sujo de sangue envolvido por um lenço branco. Esse casal não tem relação com a mulher que morreu.
O cemitério não tem câmeras e, por esse motivo, não foi possível flagrar a ação dos vândalos. Pedron vigia uma garagem da prefeitura no terreno aos fundos do cemitério e foi avisado por um conhecido que visitava o local e percebeu o ataque.
Para acessar o corpo da mulher, os criminosos arrebentaram a gaveta e puxaram parte do caixão para fora. Em seguida, arrebentaram a tampa e retiraram as partes do corpo. O caso foi registrado pela Brigada Militar (BM) e a investigação ficará sob a responsabilidade da Polícia Civil.
— A família ficou transtornada. Imagine perder alguém e ainda fazerem isso? É a primeira vez que ouço falar que isso ocorre nesse cemitério — conta Pedron.
Profanar sepulturas é crime com pena de um a três anos de prisão e multa. No caso de vilipendiar cadáver, a pena também varia de um ano a três anos de prisão, além de multa.