A apreensão de uma carga de supostas esmeraldas causou surpresa aos policiais de Caxias do Sul. Este tipo de pedra preciosa não é comum na região. As 278 pedras lapidadas e 3,08 kg de pedra bruta, que informalmente tiveram valor estimado em R$ 5 milhões, estavam com três homens que possuíam antecedentes criminais abordados no bairro Colina Sorriso, o que gerou a desconfiança dos brigadianos.
A abordagem aconteceu na Rua Adorina Polla, por volta das 17h30min desta segunda-feira (8), quando a Brigada Militar (BM) verificava uma informação sobre um foragido. Os três suspeitos estavam em frente a uma residência e um deles correu para dentro da moradia ao perceber a aproximação policial. Este homem de 27 anos que tentou fugir e foi detido dentro da casa era o que estava com as supostas esmeraldas.
O suspeito é natural de Flores da Cunha e possui diversos antecedentes por crimes contra o patrimônio. Contudo, nenhum delito foi comprovado durante a ação policial e o homem foi liberado após registro do boletim da ocorrência. Desta forma, o nome deste suspeito não é divulgado.
A carga de pedras ficou apreendida porque o suspeito não conseguiu comprovar a origem delas, o que o suposto proprietário poderá demonstrar junto à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) nos próximos dias.
— Não lembro (de uma ocorrência) deste tipo de material, e olha que estou há 18 anos (trabalhando na Polícia Civil) em Caxias do Sul. É muito raro, e um material que precisa passar por perícia. Não podemos falar de que (pedra) se trata e nem quanto vale — aponta o delegado plantonista Joigler Paduano.
A estimativa de que a carga vale R$ 5 milhões foi feita pelos policiais militares diante das informações passadas pelo próprio suspeito. Ele teria informado que o material vem da Bahia na forma bruta e que o trabalho dele é lapidar e vender as supostas esmeraldas. Na delegacia, porém, o suspeito optou por se manifestar somente em juízo.
— Ele foi apresentado com outros dois indivíduos, um era um foragido e o outro tinha uma arma de fogo, que acabou liberado após pagamento da fiança. Demorou (o registro) porque eram três apresentados do mesmo local, porém de situações diferentes que geraram três ocorrências distintas — aponta o delegado Paduano, informando que os registros foram terminados por volta das 22h, quando o suposto proprietário das pedras foi liberado.