O promotor Alexandre Salim, que atua no processo sobre o estupro e morte de Naiara Soares Gomes, sete anos, vai recorrer da decisão da Justiça de realizar a sessão do Tribunal do Júri do caso a portas fechadas. O despacho da juíza Milene Dal Bó, da 1ª Vara Criminal de Caxias do Sul, foi publicado na última quarta-feira, e se refere ao julgamento do autor confesso, Juliano Vieira Pimentel de Souza, 32 anos. Os crimes ocorreram em 9 de março do ano passado.
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Com a decisão, além da magistrada, apenas o réu e seus defensores, os representantes da Promotoria e da Assistência de Acusação e os jurados poderão participar. Nem o público nem a imprensa poderão assistir. A data do julgamento ainda não foi marcada.
O recurso da Promotoria deve ser entregue até terça-feira. Salim trabalha na elaboração do documento e, por isso, preferiu não se manifestar sobre os argumentos que utilizará para tentar reverter a decisão. A Assistência de Acusação disse que, como o processo está com o Ministério Público, ainda não teve acesso.
Souza foi denunciado pelos crimes de estupro de vulnerável duas vezes, homicídio triplamente qualificado (por asfixia, com recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime), além da ocultação de cadáver. Ele segue preso em isolamento na Penitenciária de Canoas (Pecan) 2, desde 21 de março de 2018, quando indicou à Polícia Civil o local onde havia escondido o corpo da menina.