Foi adiado o Tribunal do Júri que julgaria os cinco jovens acusados de espancar um adolescente durante tumulto no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caxias do Sul. A tentativa de homicídio aconteceu na noite de 17 de junho de 2017 e o julgamento estava marcado para esta quinta-feira (4). Contudo, antes do plenário, o defensor público alegou colidência de defesa, que é quando um advogado representa réus que tem teses contraditórias. Desta forma, o Tribunal do Júri foi redesignado para o dia 15 de maio.
De acordo com a juíza Milene Fróes Rodrigues Dal Bó, as teses só foram apresentadas nesta manhã, pouco antes do horário previsto para o júri. Até então, os réus estavam em silêncio e um defensor público defendia os cinco. Hoje, três apresentaram uma defesa e os outros dois falaram sobre outra tese. Assim, a magistrada irá nomear um novo defensor para os réus.
Na ocasião do crime, três internos agrediram um monitor e pegaram as chaves. A vítima foi retirada de seu dormitório e arrastada para quadra de esportes, onde foi espancada com socos, pontapés e golpes de barra de ferro. De acordo com testemunhas, o ataque só parou quando a vítima desmaiou e os agressores acharam que já o tinham matado.
A rebelião, que só terminou após a chegada de 40 brigadianos, resultou em R$ 8,6 mil em prejuízo no estabelecimento correcional. Os réus optaram por permanecer em silêncio durante o processo.
Os réus são Alexandro dos Santos Andrade, Dênis Ouriques da Silva, Gabriel Luis Machado Barbosa, Paulo Cezar Santos Vieira Júnior e William Tiago Alves dos Passos. Além deles, outros três menores de idade participaram da tentativa de homicídio e foram responsabilizados conforme o Estatuto da Crianças e do Adolescente (ECA).