Uma nova fase para o Parque Estadual do Caracol, em Canela, começa a partir desta segunda-feira (5). Após a publicação no Diário Oficial do Estado, no final desta semana, o consórcio Novo Caracol/Tainhas passou a administrar a área de 25 hectares de visitação. Com a autorização para o início dos trabalhos do consórcio, uma das primeiras ações será fechar o parque para adequações.
Neste período, a concessionária Iter Parques vai promover melhorias na infraestrutura do Caracol, como reforço na sinalização, manutenção de trilhas, podas, revisões elétricas e hidráulicas e implantação de estacionamento. As obras serão realizadas por uma equipe terceirizada.
Conforme o gerente geral do Parque do Caracol, Rafael Silveira, serão investidos R$ 800 mil para a manutenção do parque nessa primeira fase.
— O parque está muito degradado, ficou muito tempo sem receber manutenção — destaca.
Após os trabalhos iniciais, o parque deverá ser reaberto a partir da metade do mês. Segundo Silveira, a reinauguração será no dia 17 de dezembro:
— Primeiro a gente abre para o trade turístico e canelenses e, no dia 18, já estará aberto ao público.
Embora o representante da concessão afirme que ainda está sendo construído o plano diretor do parque, as atividades de aventura já estão confirmadas como as próximas obras do parque.
— Estamos em fase de discussão desse plano de atrativos, até para entender a jornada do cliente no parque, mas já estão previstos o arvorismo e a tirolesa. A tirolesa já para a temporada de inverno e o arvorismo para a temporada de verão de 2024. Nosso objetivo é ter um atrativo novo a cada temporada nos próximos cinco anos — adianta.
A concessão
O contrato de concessão do Parque do Caracol inclui também o Parque Estadual de Tainhas, em São Francisco de Paula, Jaquirana e Cambará do Sul, e tem prazo de 30 anos. Ao longo do período deverão ser investidos R$ 47,6 milhões nas áreas, dos quais R$ 23,7 milhões obrigatoriamente devem ser aportados nos primeiros seis meses. Outros R$ 417,3 milhões devem cobrir as despesas operacionais ao longo de todo o período de concessão. A proposta vencedora ofereceu outorga, que é o valor a ser pago ao Estado, de R$ 150 milhões, um ágio de 5% em relação ao valor mínimo exigido, de R$ 2,7 milhões.
Além das intervenções no parque, outro impacto, a partir do início da concessão, é que o município de Canela receberá receitas, como IPTU e ISSQN e um percentual sobre a arrecadação bruta do parque. O acesso aos canelenses no atrativo seguirá sendo gratuito mediante comprovação de endereço.