Enfim, chegou o momento. Nesta quarta-feira (18), às 16h, o KTO/Caxias do Sul Basquete inicia uma nova história na elite, diante do Brasília, em Mogi das Cruzes. No interior paulista, sede da primeira etapa de quatro jogos envolvendo o time caxiense, a equipe do técnico Rodrigo Barbosa encerra uma longa espera, iniciada ainda em 2018.
Leia Mais
Caxias do Sul Basquete conquista o sétimo título estadual em duelo decidido nos minutos finais
Tricampeão do NBB é anunciado como reforço do Caxias do Sul Basquete para próxima temporada
KTO/Caxias Basquete inicia temporada e treinamentos para o retorno ao NBB
No primeiro semestre daquele ano, a equipe encerrava o NBB na quinta colocação, fazendo história e trazendo orgulho ao torcedor, que lotava o Ginásio do Vascão em todas as partidas.
Porém, a falta de recursos para viabilizar a participação na temporada seguinte interrompeu um sonho, que tinha em seu horizonte a Liga Sul-Americana, com vaga conquistada em quadra, pelo ótimo desempenho do time que tinha Cauê Verzola, Cauê Borges, Cafferatta, Alex, Pedro, Paranhos, Marcão e companhia. A sequência não foi possível, mas a luta para permanecer na elite continuou nos bastidores. E, mesmo diante de um cenário de incertezas por conta da pandemia, o Caxias voltará a figurar entre os principais times do país. Um momento especial para o técnico Rodrigo Barbosa.
– Tem um pouco de ansiedade, natural, dos jogadores. A gente conversava que tivemos semanas importantes de preparação. Em Mogi, teremos nossa estreia no NBB, depois de dois anos fora da competição. Então, todo esse aspecto, tudo que representa esse jogo, faz com que os atletas tenham uma ansiedade maior, tendo em vista um novo time, toda uma responsabilidade, por tudo que a nossa equipe, na última temporada que jogou, acabou apresentando. Então, existe uma ansiedade natural, uma cobrança, uma expectativa de que tudo possa acontecer da melhor forma possível – explica o comandante.
Dentro de quadra, um time completamente diferente. Apenas o ala/armador Pedro Mendonça retornou. A ele se juntaram nomes experientes no NBB como Eddy, Shilton, Antonio e Pedro Teruel, jovens buscando ascensão, como Eugeniuz, Big e Túlio da Silva, e o argentino Nicolas Ferreyra. Em um primeiro momento, a expectativa gira em torno da adaptação dos atletas ao estilo de jogo proposto pela comissão técnica caxiense, com muita marcação e intensidade.
– Dentro da nossa preparação, a gente imagina que esses quatro jogos em Mogi possam ser também de adaptação da equipe. Depois que tomamos conhecimento da tabela, vimos que no mês de dezembro a gente tem jogo toda semana. Ali tem a maior quantidade de jogos do turno. Então, esse mês de novembro, essa viagem a Mogi, obviamente que a gente vai em busca dos resultados, mas entende também que ela faz parte de uma construção da equipe. É um campeonato diferente – avaliou Barbosa, citando os cenários que poderão ser encontrados a partir das “bolhas” em diferentes cidades:
– São jogos em sedes, que tu tens pouco tempo para te recuperar depois de uma partida, tanto fisicamente quanto psicologicamente, porque em seguida tu estás jogando de novo. Quando acontecia isso, tu tinhas aquela segurança de que na semana seguinte retornava para casa, para poder jogar junto ao torcedor, e aquilo te dava uma segurança maior para fazer as coisas, o que a gente sabe que, neste momento, não vai acontecer.
Em um campeonato tão diferente, iniciado no último dia 10, a grande notícia para os gaúchos e, especialmente, para os torcedores da equipe, é que, merecidamente, após tanto esforço, o Caxias Basquete está de volta.