Uma cratera que abriu em uma das pistas do antigo traçado da RS-122, em Bom Princípio, provoca transtornos e prejudica o tráfego de veículos. O buraco fica entre a entrada da Rua Irmão Weibert e o acesso à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Motoristas e moradores do município, e também de Tupandi, cidade vizinha, cobram providências das prefeituras e do Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas e Rodagens (Daer), para resolver a situação. O asfaltou cedeu no início de novembro de 2019 e, passados três meses, o buraco segue aberto e a via interditada. O local está sinalizado, mas o asfalto cedeu ainda mais desde a interdição no ano passado.
No final de novembro, os prefeitos Fábio Persch (PSDB) e Hélio Müller (PP), de Bom Princípio e Tupandi, estiveram no Departamento para buscar uma solução, mas foram informados que não havia aporte financeiro para a obra. Um mês depois, em dezembro, foi entregue ao município de Bom Princípio o documento que transferia a responsabilidade do antigo traçado da RS- 122 à prefeitura. A solicitação havia sido feita ainda em 2016.
Por e-mail, o Daer informou que está "agilizando a disponibilização dos recursos necessários para o conserto do trecho, que será realizado o mais breve possível". Assim que a cratera for consertada, todo o trecho será de responsabilidade da prefeitura de Bom Princípio.
Motoristas e moradores cobram providências
A interrupção da pista provoca transtornos ao motoristas e prejudica a logística do comércio no local, já que os caminhões que precisam fazer entregas ou passar pelo trecho são obrigados a retornar pelo centro da cidade. O mecânico Natan Reinehr, 19 anos, reclama que já reclamou várias vezes e nada foi feito.
— Todos os veículos têm de passar por dentro da cidade, grandes caminhões e ônibus. Há quase um ano havia um buraco semelhante ao lado desse, não solucionaram o problema, apenas encheram com cascalhos. Bastou uma chuva para o buraco abrir novamente. Até um motoqueiro já caiu dentro do buraco. Está na hora de algo ser feito, não dá mais do jeito que está — reclama ele.
O empresário João Érico Werner, 75, é proprietário de uma distribuidora de bebidas que fica próxima do trecho interditado e diz que o buraco vem causando inúmeros problemas. Ele lembra que os moradores de Tupandi são muito prejudicados, já que esse era o acesso mais rápido para eles. Para o empresário Roberto Steffen, 42, além do transtorno, o bloqueio é perigoso para quem não sabe da interdição:
— Nós que moramos aqui sabemos que a via está interditada e não passamos por ali, mas e quem é de fora? É perigoso.
O gerente do Posto Moranguinho, Jonas Schommer, 32, diz que a interdição do trecho causa prejuízos ao seu negócio.
— Prejudica quem mora e trabalha no trecho. O buraco reduz o movimento no posto porque o traçado é uma via que faz a ligação com RS-122 — lamenta.