O adiamento por cinco dias, aprovado pela Câmara de Vereadores nesta terça-feira (1º de outubro), para a votação da admissibilidade do pedido de impeachment, é desfavorável ao prefeito Daniel Guerra (Republicanos). O documento volta à pauta terça-feira da próxima semana. Até lá, serão feitas articulações em busca de votos para abrir a investigação da denúncia. O autor do pedido de impeachment do prefeito é, pela terceira vez, o ex-vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu.
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Nesta terça, apenas os governistas Renato Nunes (PR), líder do governo, e Elisandro Fiuza (Republicanos) votaram contra o pedido de adiamento.
Aprovando a admissibilidade, será preciso apurar, dar amplo direito de defesa, comprovar o crime, mas não se pode esquecer que o voto é político, e a relação do governo com o Legislativo é muito ruim.
Reflexos
Um impeachment traz vários transtornos para a comunidade pelos reflexos no andamento da máquina pública, além de alterar a escolha feita pelo voto popular. Porém, é fato que Daniel Guerra já não goza da mesma popularidade de quando venceu a eleição.
A Câmara já viveu a experiência de um processo de impeachment, que resultou no arquivamento, em abril de 2018. Difícil que vá correr o risco de abrir novamente o processo sem os votos necessários para tirar Guerra do poder.
O vereador Alceu Thomé (PTB), ao pedir adiamento, citou situações para serem incorporadas ao pedido de impeachment (feirantes, taxistas, motocross, Apae, Guarda Municipal, projeto Conviver) e deu a deixa sobre questões que, na Casa e na rua, têm provocado forte repercussão negativa ao prefeito.
Único ausente
O único vereador que não participou da votação pelo adiamento foi Rodrigo Beltrão (PT). Ele disse que foi fazer um atendimento no gabinete quando estava ocorrendo o espaço do Grande Expediente. Quem discursava era Eloi Frizzo (PSB). E quando voltou, disse Beltrão, havia ocorrido a votação.
Se tivesse sido a decisão pela admissibilidade ou não da denúncia, o vereador teria perdido a votação.
Alegou que estava tratando de assunto das eleições do Conselho Tutelar. Porém, o momento era de estar no plenário.