Se Beira-Mar, longa ficcional de estreia de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, tratava da descoberta do afeto por meio do olhar inocente da adolescência, o novo filme da dupla de realizadores gaúchos, Tinta Bruta, apresenta uma perspectiva muito mais dura sobre questões da vida adulta. Solidão, angústia, culpa, cobrança e intolerâncias cada vez menos veladas espreitam o personagem principal a cada cena. A aspereza do filme ao adentrar no universo de um jovem introspectivo e solitário, sobrevivendo a um contexto social que desafia sua existência a todos os momentos, torna Tinta Bruta um filme muito atual, conectado com questões sociais bem contemporâneas. Uma realidade brasileira que o longa levou para mais de 70 festivais mundo afora – em Berlim, abocanhou um Teddy Awards, mais importante prêmio do mundo dedicado a filmes com temática LGBT – e que nesta quarta (19) povoa sessão comentada em Bento Gonçalves.
Cinema
"As pessoas conseguem enxergar bastante do Brasil na tela", diz diretor sobre "Tinta Bruta"
Filipe Matzembacher estará em sessão comentada do filme em Bento Gonçalves, nesta quarta
Siliane Vieira
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