A Educafro apresentou na tarde de sexta-feira, notícia de crime no Ministério Público, em Caxias do Sul, para apurar suposto crime de racismo contra o candidato a vice-presidente, general Antonio Hamilton Martins Mourão, companheiro de chapa de Jair Bolsonaro (PSL). Mourão disse que índios são indolentes e africanos, malandros. A manifestação ocorreu na segunda-feira, dia 6, na Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul.
Por telefone, o diretor executivo da Educafro, Frei David Santos, explicou que a militância e os advogados da entidade concluíram que somente um processo criminal contra Mourão é a solução para haver respeito à população negra.
– Decidimos passar a reagir a toda e qualquer provocação.
Frei David disse ainda que recebeu a manifestação com sentimento de pena de Mourão, mas que é preciso ajudá-lo a perceber seus erros, por isso a decisão de realizar a denúncia. O representante da entidade afirmou também que, se ao final do processo houver a proposta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a entidade irá propor que Mourão tenha 100 horas-aula com informações sobre a realidade do povo negro e indígena no Brasil.
A Educafro é uma entidade de sociedade civil com sede em São Paulo e que atua contra o racismo e pela inclusão do negro na universidade e no mercado de trabalho.
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