Alunos da Escola Municipal Senador Teotônio Vilela , no bairro Nossa Sra. das Graças, em Caxias do Sul, têm tido aulas de educação física em uma quadra de esportes precária. A quadra do colégio, que também serve de pátio aos 530 estudantes, tem buracos, pedras soltas e desnível, junto ao muro, que colocam as crianças e adolescentes em risco, e deixam pais e professores apreensivos. Além disso, é necessária a reforma da rampa de acesso da escola e também do muro do colégio que apresenta infiltrações.
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De acordo com a diretora da escola, Manuele Ceratti Silva, ainda em 2015, foi constatado um vazamento no pátio, que provocou o desmoronamento da calçada. Ela conta que, na ocasião, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) esteve no colégio e elaborou um documento alegando que não havia risco da calçada ceder ou de os alunos se machucarem.
— Estiveram aqui e avaliaram, mas o problema seguiu. Assim que assumi a direção da escola, neste ano, fui até a Smed cobrar uma solução e eles se comprometeram a realizar a obra, mas teria de ser feita no período de férias, porque o pátio é o único espaço, mais amplo, para que as crianças possam brincar e fazer educação física — afirma ela.
Ela conta que em julho, nas férias de inverno dos alunos, a equipe da prefeitura esteve na escola e identificou que o problema era uma fossa entupida, além de canos mal conectados. O conserto foi realizado, mas as pedras da calçada não foram colocadas de volta, e uma parte do pátio, está comprometida:
— O pátio ficou aberto, e agora abriram licitação para o fechamento da calçada. Falamos com a Smed e nossa expectativa é que a obra seja realizada em breve, porque nos passaram que a verba será liberada nos próximos dias. Acredito que seja fechada a calçada e arrumado o desnível.
Enquanto a reforma não sai, os alunos brincam em meio à terra e aos buracos:
— Apesar de tentar isolar a área do pátio que está aberta e tentar evitar que as crianças brinquem e corram ali, um aluno machucou o pé, porque o piso está em péssimas condições, e não tem outro lugar para eles fazerem educação física. Estamos sempre de olho, mas é bem difícil evitar que corram ali.
A quadra também não tem cobertura, então os estudantes brincam e realizam atividades esportivas debaixo da chuva, frio e do sol quente.
Em nota, a assessoria de comunicação da Smed informa que a secretaria já lançou edital de licitação para selecionar a empresa responsável pela reforma, e já há vencedora para executar o conserto. A tramitação do processo precisa da aprovação da secretária de Gestão e Finanças para que o trabalho na quadra possa começar.
Rampa da escola depende de projeto para ser reformada
A escola fundada em 1982 apresenta ainda outros problemas estruturais. Entre eles, a rampa que permite que quatro alunos cadeirantes tenham acesso ao prédio da escola: além de íngreme e escorregadia, ela também não tem cobertura.
— Temos estudantes cadeirantes que precisam da rampa para ter acesso à escola, e por ela que os demais estudantes chegam ao segundo pátio quando chegam ou saem da escola. Ela é muito escorregadia, e sem a cobertura fica ainda pior, porque quando chove, o risco de acidentes é maior.
Os recursos para a reforma já estariam garantidos:
— Realizamos uma série de eventos para arrecadar verba e reformar a rampa de acesso, mas não podemos usar essa verba enquanto a Secretaria de Planejamento não autorizar e elaborar um projeto.
Um ofício sobre o assunto já foi encaminhado à Seplan, e a escola aguarda retorno para iniciar a obra.
Muro da escola também causa apreensão
Outro problema que preocupa a direção da escola é o muro do colégio. A diretora explica que o muro fica mais alto em relação à rua, e abaixo há o pátio menor, que é por onde as crianças saem para desembarcar e embarcar nas vans.
— O município está avaliando o muro porque tem a infiltração e um vão entre o muro e a parede do parquinho, que aumentou depois que eles mexeram na quadra. Segundo os técnicos, não há risco iminente, mas nós ficamos apreensivas em relação à segurança dos alunos. O próprio parquinho não está em boas condições. Quanto ao muro, sabemos que será mais demorado e que é uma obra cara, mas é preciso fazer algo.