O homem preso na tarde desta quarta-feira e suspeito de ter estuprado e matado Naiara Soares Gomes, sete anos, que estava desaparecida desde o dia 9 deste mês em Caxias do Sul, foi preso ontem temporariamente por um crime anterior: o estupro de uma menina de oito anos, no ano passado.
A detenção ocorreu na frente da casa alugada há cerca de seis meses, para onde se mudou com a mulher, no bairro Serrano. Segundo a polícia, foi para a casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro, que Naiara foi levada. Na garagem, o suspeito guardava o carro comprado recentemente: um Palio branco, que norteou toda a investigação da Polícia Civil sobre o desaparecimento da menina.
A polícia informa que o homem trabalhava em uma metalúrgica, no horário noturno. O emprego, ele mantinha desde 2013 e com conduta profissional irrepreensível.
– Era uma pessoa que tinha uma vida muito regrada no tocante ao trabalho, excelente servidor na empresa em que trabalhava. Desde 2013 trabalhava nesta empresa. Só a criminologia pode explicar o porquê dele pegar as meninas. São dois casos, mas não descartamos outros. Porém, não chegou nenhum outro relato – disse o delegado regional da Polícia Civil, Paulo Roberto Rosa da Silva.
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Movimentação da polícia agitou o bairro
A movimentação de um casal perto da casa onde o suspeito reside desde as primeiras hora das manhã chamou a atenção de moradores nesta quarta-feira. Eles ficaram por ali até perto do meio-dia. Mais tarde, a vizinhança ficou sabendo que se tratavam de policiais discretos que aguardavam pela chegada do homem em casa.
Por volta das 13h30min, a prisão do homem surpreendeu a todos no local. Conforme relatos, ele foi preso na rua. A mulher também foi levada até a delegacia e o carro foi apreendido. Ela foi liberada sem prestar depoimento oficial. Com base nas investigações do caso Naiara, a polícia conseguiu também um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. Embaixo da casa, foi localizado um saco preto com roupas de crianças.
A Polícia Civil não divulga o nome do investigado em razão da prisão ser temporária. Mesmo que não existam dúvidas sobre a autoria do crime, juridicamente esta ainda é considerada uma fase preliminar das investigações.