Eficazes e válidas como provas em ocorrências policiais, as imagens dos sistemas de monitoramento eletrônico são aliadas dos órgãos de segurança púbica para elucidar crimes. Contudo, casos emblemáticos como o desaparecimento da menina Naiara Soares Gomes, sete anos, levantam uma questão primordial: é preciso modernizar e ampliar o sistema público e mudar a concepção de quem opta pela tecnologia na área privada em Caxias do Sul.
Está se sentindo inseguro? Confira dicas de monitoramento:
* De acordo com Rubens Bonetto, quem pretende investir em monitoramento na casa ou empresa deve optar por câmeras IP, que podem ser acessadas e controladas por rede. As câmeras analógicas costumam ter pior qualidade de imagem.
Leia mais
Confira sete dificuldades da investigação sobre menina desaparecida em Caxias do Sul
Ato mobiliza centenas de pessoas em busca de menina desaparecida em Caxias do Sul
Tudo que se sabe até agora sobre a menina desaparecida em Caxias do Sul
* Um equipamento que tenha resolução a partir de um megapixel garante uma boa qualidade do vídeo, segundo ele. Câmeras com essas características custam entre R$ 300 e R$ 600 no mercado.
* O especialista também recomenda o uso câmeras estáticas no lugar das que se movem automaticamente. Por terem pontos cegos, as câmeras que giram em até 360°, segundo ele, são indicadas para apoio do monitoramento de sistemas que tenham outros equipamentos. Caso o usuário tenha uma central de segurança, por exemplo, pode usar uma câmera speed dome (giratória) para focar manualmente pontos específicos.
* A possibilidade de gravar imagens é fundamental. Bonetto diz que é possível armazenar o vídeo localmente, instalando um DVR (Digital Video Recorder). O equipamento, com HD para armazenamento, custa cerca de R$ 800, variando conforme o número de câmeras e a capacidade desejada. É necessário, porém, conferir frequentemente se o sistema está funcionando.
* Como alternativa, o especialista recomenda o armazenamento na nuvem (armazenamento online). Para isso, é necessário contratar um plano mensal com uma empresa. O valor varia conforme o número de câmeras e o período desejado de armazenamento: três, sete ou 30 dias. O plano oferecido pela Nidum, por exemplo, começa em R$ 40 mensais para cada câmera. As imagens podem ser acessadas por um aplicativo.
* Para Bonetto, o sistema é mais indicado por impossibilitar o roubo das imagens armazenadas num computador, além de garantir cópias de segurança das imagens.
* A gravação na nuvem depende de uma conexão com internet com velocidade de 1 megabyte para uploads (transmissão de dados locais para a rede) por câmera. É importante exigir que a empresa contratada garanta a velocidade mínima de conexão.
* Todos os sistemas de monitoramento devem, preferencialmente, estar ligados a um nobreak. Desta maneira, evita-se que a gravação seja interrompida durante quedas de energia. Um nobreak de cerca de R$ 500 consegue manter o funcionamento de até quatro câmeras, por aproximadamente uma hora sem luz.
* Como maneira de diminuir os custos do monitoramento, Bonetto aposta no conceito de "bairro inteligente". Segundo ele, é possível garantir a segurança de toda uma vizinhança se seis moradores em cada quadra instalarem ao menos uma câmera na residência, dividindo o investimento entre todos.