Alguns dos adolescentes suspeitos de espancar Leandro Machado, 19 anos, após uma festa de Carnaval no centro de Caxias no último domingo, admitiram as agressões à Polícia Civil. Seis integrantes do grupo de agressores haviam sido identificados pela equipe da Delegacia de Homicídios, que iniciou a investigação sobre o caso. Por se tratarem de adolescentes, o inquérito foi remetido à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Nesta semana, eles prestaram depoimento. Os nomes não são divulgados pela polícia.
Segundo o delegado Caio Márcio Fernandes, titular da DPCA, diante do vídeo que mostrou o espancamento e que é considerado prova técnica irrefutável, os adolescentes identificados pelas imagens não tiveram alternativa se não admitir a participação nas agressões. Porém, conforme o delegado, eles reiteraram o que a polícia já havia apurado: a confusão começou com uma briga anterior naquela mesma noite. Um confronto ocorrido entre dois grupos – o que supostamente estaria Leandro e o dos agressores – envolvendo uma moça na esquina da Avenida Júlio de Castilhos com Doutor Montaury teria sido o estopim para o espancamento.
– Foram contextos próximos, que não justificam o ato, mas que um acaba ensejando o outro. Os ânimos começaram a se exaltar e culminaram nas agressões – disse o delegado.
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Ainda de acordo com Fernandes, face às "inúmeras versões, cada uma dada sob a ótica da pessoa" que prestou o depoimento, a tarefa da polícia, agora, é, analisar todos os elementos e decidir qual será o resultado do inquérito.
Antes disso, outras pessoas serão ouvidas na semana que vem, entre elas, Leandro, cujo depoimento está marcado para a tarde de segunda-feira. À reportagem, Leandro disse que não havia participado de briga que teria antecedido o espancamento naquela noite. Disse, ainda, que não lembrava dos momentos anteriores às agressões que sofreu.