Rita dos Santos Oliveira, 55 anos, foi condenada a 17 anos de reclusão pelo homicídio de Clair de Fátima Rech, 35 anos. O crime, ocorrido em 2015 no loteamento Vila Amélia, em Caxias do Sul, teve grande repercussão pelo corpo da vítima ter sido encontrado enterrado no canil da moradia vizinha. O Tribunal do Júri ocorreu na sexta-feira. A promotora Silvia Regina Becker Pinto irá recorrer para ampliar a pena.
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O assassinato ocorreu na Rua Laurindo Graziottin no dia 9 de novembro de 2015. Conforme a sentença de pronúncia, Rita realizava compras no cartão de crédito da vítima e excedeu o limite, fazendo com que Clair fosse incluída em órgãos de restrição de crédito. Quando descobriu, a vítima passou a cobrar o valor da acusada.
No dia do crime, Rita dissimulou que iria entregar para amiga o valor devido e, para tal, iria buscar Clair no trabalho para irem até o banco. A ré, no entanto, buscou Clair e a levou para casa, onde a estrangulou e enterrou seu corpo em um canil nos fundos da residência. O local foi coberto com lona plástica, areia, tijolo e cimento.
Após o crime, Rita se mostrou preocupada e interessada em encontrar o corpo da amiga, auxiliando e questionando parentes sobre o caso. A Polícia Civil, no entanto, refez os últimos passos da vítima e soube que Rita foi a última pessoa a estar com Clair. O corpo da vítima foi encontrado em 14 de novembro, cinco dias após o desaparecimento. Diante das evidências, a vizinha confessou o assassinato quatro dias depois.
Clair morava sozinha, era divorciada e não tinha filhos. Suas paixões eram os cães Joaquim, Francisco, Antonela e Valentina. A cachorrinha mais nova, havia sido um presente de Rita. Para a reportagem do Pioneiro, amigos relataram que Clair estava com uma dívida no cartão de crédito de aproximadamente R$ 7 mil, mas o dinheiro teria sido gasto por Rita.