Com o objetivo de consolidar o monitoramento na Praça Dante Alighieri, a prefeitura de Caxias do Sul planeja implantar uma nova guarita fixa para a Guarda Municipal junto à área dos banheiros públicos. Com isso, o ônibus de videomonitoramento, estacionado na praça desde o final do ano passado, poderá ser usado para sua finalidade inicial, que era atender os bairros da cidade.
De acordo com o secretário de Segurança, José Francisco Mallmann, além de a medida liberar o veículo para monitoramento móvel, a construção da guarita será útil para coibir casos de vandalismo, tráfico de drogas e prostituição que ocorram nos banheiros.
– O ônibus precisa circular para dar sensação de segurança também nos bairros. Só que para tirar ele dali, precisamos construir a guarita – afirma.
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Porém, para a ideia avançar, há necessidade de elaboração do projeto pela Secretaria do Planejamento (Seplan) com participação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma). Não há prazos, mas o processo burocrático deve demorar alguns meses.
A titular da Semma, por meio da assessoria, afirmou desconhecer o envolvimento da pasta no processo. No entanto, o secretário do Planejamento, Fernando Mondadori, afirmou que foi protocolado na Seplan, em junho, um pedido de estudo de viabilidade da obra e a solicitação é, sim, de autoria do Meio Ambiente.
– Precisamos verificar se a estrutura do local pode suportar uma nova edificação. Mas, caso não seja verificada a possibilidade, devemos sugerir uma alternativa – afirma Mondadori.
A Secretaria do Planejamento ficará responsável também por estimar orçamento e viabilidade técnica para a obra. No entanto, de acordo com o secretário, por não estar na fila de prioridades, não há estimativa de avanço. Ainda assim, por ser considerada obra de baixa complexidade, a expectativa é de que tenha trâmite rápido após passar pelas primeiras etapas de análise.
– Queremos a guarita para este ano ainda, até porque não podemos deixar o ônibus parado daquele jeito na praça. Ele precisa rodar, até para não começar a ter problemas mecânicos quando formos usar para monitoramento itinerante – conclui Mallmann.
Não há detalhes sobre a estrutura que irá compor a guarita, ou o efetivo que deve ser designado para atuar no local.
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Outrora considerada um dos principais pontos turísticos e de realização de eventos, a Praça Dante hoje apresenta condições estéticas precárias, e serve quase que exclusivamente como ponto de descanso para transeuntes, uma vez que não reserva qualquer atrativo de lazer ou apreciação.
Há cerca de quatro meses, o Pioneiro apontou o visível aspecto de abandono da área. Desde então, embora tenha iniciado reparos, o poder público progrediu de forma lenta na restauração do espaço.
Enquanto pequenos consertos nas calçadas e serviços de roçada e capina estejam sendo executados gradativamente, bancos sem assentos, poluição sonora (em razão da comercialização de CDs), desníveis e sujeira nas calçadas são transtornos comuns observados por quem transita pelo espaço.
Nem mesmo o elemento mais clássico, o chafariz, está em funcionamento, pois aguarda conclusão de reparos há quase um ano e ainda deve demorar alguns meses para ser religado, conforme estimativa do Samae, que é responsável pela obra.
– Encontramos uma situação mais complicada do que esperávamos (no chafariz). Sem contar que o pessoal que trabalha no local é também quem atua nas funções de rotina da autarquia. Então, as intervenções na área só acontecem quando há tempo disponível – informa o diretor-presidente do Samae, Gerson Panarotto.
Segundo ele, a obra deve demorar pelo menos, mais dois meses para ser concluída.
– Não é só o valor estético que envolve esse projeto, tem também toda a questão de economia de água que o novo sistema deve gerar. Porém, infelizmente, estamos fazendo tudo que podemos em meio a outras prioridades que surgem _ complementa.
A obra teve investimento de R$ 100 mil, feito ainda na administração passada. Quando em funcionamento, a expectativa é de que com a tecnologia implantada possa ser evitado o desperdício de cerca de 80 mil litros de água mensais. A reforma prevê a troca de todo o equipamento hidráulico, filtragem, desinfecção e instalação de iluminação subaquática de LED com comandos eletrônicos.
A reforma da praça
O QUE AVANÇOU
:: Restauração do lado oeste da praça (junto à Rua Dr. Montaury), com a nivelação da calçada que estava danificada em razão da expansão das raízes das árvores.
:: Roçada em todo o espaço. A vegetação, que chamava a atenção em meio aos espaços do piso, hoje se encontra sob controle após a retomada do serviço.
:: Podas em árvores, que diminuíram a aparência de abandono visível há alguns meses.
O QUE ESTACIONOU
:: Chafariz: As pichações nos tapumes que circulam o ponto indicam a falta de avanço da obra.
:: Bancos: Pintura gasta, mau estado de conservação ou mesmo a ausência de assentos ainda são perceptíveis.
:: Lado leste da praça (lateral da Rua Marquês do Herval): equipes da Semma começaram a trabalhar no local recentemente e ainda há poucos avanços visíveis.