No dia em que se comemora o Dia Nacional do Mata Atlântica, neste sábado, levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica aponta que há pouco para se comemorar e muito a se fazer quando o assunto é conservar as espécies nativas. Números levantados confirmam a situação crítica do bioma: originalmente, a Mata Atlântica ocupava mais de 1,3 milhões de km²; atualmente, restam cerca de 0,16 milhões de km² de remanescentes florestais e áreas naturais. O RS, com 52% do seu território sob a faixa de domínio da Mata, traz uma condição preocupante, já que apresenta apenas 13,5% da área conservada, um total de 19,7 mil km², de acordo com levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
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A situação da Serra é ainda mais desastrosa se analisarmos o Atlas da SOS Mata Atlântica, que mapeou os 100 municípios que mais desmataram de 1985 a 2015. Em 30 anos, das 20 cidades que mais destruíram espécies nativas no Estado, as cinco primeiras estão na região. Bom Jesus, Jaquirana, Lagoa Vermelha, Vacaria e São Francisco de Paula lideram o ranking, que traz Caxias do Sul em nono lugar. Em contrapartida, das quatro que mais conservaram, quatro também são da Serra: São José dos Ausentes, Bom Jesus, Jaquirana e São Francisco de Paula. Os municípios que aparecem nas duas listagens, no entanto, mostram que nem tudo está perdido.