Emprego formal foi o tema da segunda reunião do grupo de trabalho formado para melhorar as condições de vida dos imigrantes senegaleses em Caxias do Sul, ocorrida na manhã desta quinta-feira, na prefeitura. Durante o encontro, que reuniu lideranças ligadas aos imigrantes com a primeira-dama e coordenadora do grupo, Andrea Marchetto Guerra, foram discutidas alternativas para recolocar os senegaleses – em especial aqueles que recorriam ao comércio ilegal no centro – no mercado formal.
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Os imigrantes entregaram a representantes da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego uma lista com a relação de nomes e profissões de cada um. A ideia é que eles procurem a secretaria para se formalizar como comerciantes e possam virar microempreendedores individuais, por exemplo. Quem quiser optar por outra área de trabalho também poderá ir à secretaria e verificar vagas disponíveis. O coordenador da agência do Sine de Caxias do Sul, Max Rodrigues, também participou da reunião.
A prefeitura também estuda a possibilidade de disponibilizar licenças temporárias e permitir que os imigrantes realizem feiras itinerantes para vender seus produtos, desde que sejam mercadorias legais e com procedência. Essas feiras também poderão ser abertas para outros vendedores formalizados participarem.
– A gente se sente um pouco mais em casa tendo as portas abertas desse jeito – disse Abdou Lahat Ndiaye, o Billi, líder dos africanos.
Em abril do ano passado, o Pioneiro mostrou na série Ilusões Perdidas a realidade enfrentada por imigrantes africanos e caribenhos em Caxias do Sul.