Descrita como uma jovem extrovertida e de fácil amizade, Cybele Silva da Cunha, 18 anos, moradora do bairro Galópolis, em Caxias do Sul, sempre foi muito independente. Porém, mesmo tendo boa relação com a mãe e os irmãos, a moça relutava em aceitar alguns conselhos da família: saia para as festas quase todos os finais de semana com amigos, muitas vezes desconhecidos da mãe, e frequentemente dormia fora de casa. Por mais que a jovem sempre avisasse onde estava, no último passeio com amigos, ela não retornou para casa.
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Há 25 dias Cybele está desaparecida. A mãe conta que no dia 28 de dezembro, a jovem avisou que iria passar o dia na casa de uma amiga, em Flores da Cunha. A promessa era de voltar para casa até o começo da noite. Mas algo deu errado no trajeto até a rodoviária de Caxias. As versões sobre o desaparecimento ainda estão desencontradas e a hipótese de sumiço é praticamente descartada pela família.
– Ela não ia sumir por vontade própria, é muito apegada à filha, ao avô, aos irmãos. A vida toda eu sempre orientei bem ela, disse para saber com quem andava e cuidar com os perigos da rua. Ela sempre me ouviu bastante, me contava tudo que acontecia com ela. Quando saia com amigos, avisava – diz a mãe da jovem, Luisa Silva, 39.
Enquanto Cybele não aparece, a mãe tenta evitar a casa onde as duas moravam. No quarto da jovem, diversas fotos com a filha de dois anos e mensagens estão coladas na parede.
– Espero por ela todos os dias. Tenho esperança que ela vai aparecer bem. Quero que essa angustia tenha fim – desabafa a mãe.