Em entrevista concedida nesta quarta-feira à Rádio Gaúcha, o secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, afirmou que o ano letivo vai começar no fim de fevereiro com uma redução de cerca de 600 turmas nas escolas da rede estadual. Segundo ele, a medida é necessária tendo em vista a média de 6 mil desligamentos de professores anualmente da rede, entre aposentadorias e pedidos de demissão. Em Caxias do Sul, de acordo com a titular da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), Janice Moraes, não haverá fechamento de turmas por ocasional falta de professores. Porém, é natural que haja readequação ao final de acada ano, de acordo com a demanda de alunos cada escola.
_ Há diferença entre fechar e não abrir turmas. No Emílio Meyer, por exemplo, não haverá 3º ano fundamental, mas porque não teve 2º ano em 2016. Porém, não havia turma de 1º ano e em 2017 será necessário abrir uma. Tudo depende da projeção feita pela direção de cada escola ao final do ano letivo e apresentada a nós em reuniões individuais. Para que seja aberta uma turma, é preciso no mínimo 16 estudantes _ explica Janice.
A titular da 4ª CRE também afirma que em algumas situações as projeções indicam que a escola não terá determinada turma, mas o surgimento da demanda mínima provoca a reorganização. Janice cita o exemplo de que na Escola João Magalhães Filho, no Centro, há apenas cinco alunos inscritos para o 1º ano fundamental até esta quarta. Se não houver mais procura até fevereiro, eles serão realocados em outra instituição de ensino próxima.
– O Estado quer o fortalecimento das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio, deixando as séries iniciais aos municípios, que já têm essa responsabilidade – complementa.
Na entrevista à Gaúcha, o secretário Alcoba de Freitas também explicou que, além do fechamento de turmas, muitas instituições de ensino tiveram as atividades reduzidas em apenas um turno. Alcoba também aproveitou para criticar a implantação do ensino médio politécnico no governo anterior e afirmou que a mudança curricular não veio acompanhada de formação pedagógica aos professores.