O novo presídio de Bento Gonçalves ainda não tem data para sair do papel. Em visita sexta-feira à cidade, o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, disse que a concretização do espaço ainda depende da permuta de terrenos e prédios localizados na Linha Palmeiro, área que foi disponibilizada pelo município. O processo de construção da nova penitenciária se arrasta desde 2013, quando o Ministério Público solicitou desativação do atual presídio e a construção do novo prédio.
Leia mais:
Núcleo de mediação de conflitos é inaugurado em Bento Gonçalves
Preso segundo suspeito da morte de empresário em Caxias
Saiba por que 2016 é o ano mais violento da história de Caxias do Sul
Homem é esfaqueado por mulher na UBS Mariani, em Caxias do Sul
– Tenho conhecimento de que este é um assunto que se arrasta há algum tempo. Estamos dependendo somente da finalização da avaliação dos bens relacionados e pré-avaliados pelo município para resolver de vez este assunto – explica Schirmer.
Segundo o prefeito da cidade, Guilherme Pasin, a atual casa prisional oferece risco à população porque está no centro da cidade, ao lado de residências, estabelecimentos comerciais e próxima a uma escola. Ele também reforça que, além da superlotação, o prédio encontra-se com problemas estruturais.
– Ninguém mais está sendo preso, não só pelo fato de serem crimes de menor monta, mas principalmente porque não há mais espaço no atual presídio – afirma o prefeito.
De acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), o Presídio Estadual de Bento Gonçalves conta atualmente com cerca de 240 detentos, além de 100 que estão abrigados em outras casas prisionais (Caxias do Sul, Osório, Montenegro e Venâncio Aires) devido à superlotação.
– Nosso sistema prisional está um caos, é uma escola de criminalidade e temos que estancar este problema com ações de prevenção e ressocialização – resumiu Cezar Schirmer.
O orçamento preliminar é de R$ 15 milhões para a construção da cadeia, que será realizada por meio de uma permuta com a iniciativa privada. Em agosto de 2014, o governo do Estado apresentou os projetos arquitetônicos e executivos para o espaço de 12 hectares: o local teria capacidade para 388 presos, além de salas de estudo, oficinas e separação para dependentes químicos.