O dono do cavalo que foi encontrado gravemente ferido e teve de ser sacrificado no distrito de Vila Oliva, em Caxias do Sul, garante que não abandonou o animal. O caso ocorreu na segunda-feira e causou comoção nas redes sociais. Mais: reforçou novamente a falta de um serviço público de socorro para bichos na cidade.
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Por volta das 8h de segunda-feira, um morador de Vila Oliva encontrou o equino com uma pata quebrada na estrada Luiz Daneluz. Compadecido, removeu o animal para perto de um galpão e tentou buscar ajuda. Ele só conseguiu auxílio no meio da tarde por meio do tradicionalista Solimar Daneluz e do voluntário Romanci Bessegato.
O dono do cavalo, um frentista de 26 anos, soube da história pela internet, e foi até Vila Oliva, onde acompanhou a eutanásia do equino. À reportagem, ele disse que estava procurando pelo cavalo desde a manhã de segunda-feira, mas não o encontrou. Confira abaixo a versão do frentista.
O que aconteceu com o cavalo?
Não abandonei ele como foi dito. No sábado, eu e meu pai participamos do rodeio de Vila Oliva. Levamos dois cavalos, entre eles, o Bugrinho (que morreu). Para não cansá-los na volta para Fazenda Souza, deixamos os dois cavalos num potreiro de um conhecido. Voltaríamos para buscar na segunda-feira. Só que meu pai foi até lá e encontrou a cancela do potreiro aberta e os cavalos tinham sumido.
Alguém pode ter tentado roubar?
Não posso afirmar isso, não sei o que houve. Mas acho que alguém abriu a cancela de sacanagem. Vizinhos ouviram gente rondando o local de madrugada. Na segunda, meu pai procurou bastante e encontrou o outro cavalo na propriedade de uma conhecida, menos o Bugrinho. Mais tarde, quando vi no jornal que havia um cavalo, tentei contatar por telefone as pessoas que haviam socorrido ele. Não consegui. Então, fui até Vila Oliva. Falei com o veterinário. Foi triste.
O cavalo foi deixado no potreiro sem ferimentos?
Sim, ele participou do torneio de laço, mas não se machucou. Isso eu garanto. Sempre foi muito bem cuidado. Venderia meu carro se pudesse salvá-lo. Tinha ele há sete anos, jamais iria maltratá-lo.
