Após o anúncio de novo parcelamento de seus salário, os agentes da Polícia Civil de Caxias do Sul confirmam paralisação para esta quinta-fera. Só serão atendidos e registrados casos de crimes contra a vida e situações de flagrantes serão atendidas. Apesar do abatimento dos servidores da a Brigada Militar (BM), a tendência é que a rotina seja mantida.
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Salários de servidores estaduais devem ser parcelados até dezembro
A previsão é que o valor, que deve ser depositado até a meia-noite desta quarta-feira, não chegue a R$ 1 mil. De acordo com o Ugeirm Sindicato – que representa escrivães, inspetores e investigadores – esta é o sétima vez consecutiva que os os salários dos servidores estaduais é parcelado. A paralisação tem início às 6h e seguirá até as 21h.
– Iremos paralisar da mesma forma que foi feita no mês passado. Uma mobilização de 15 horas, com os policiais permanecendo em seus postos de trabalhos (as delegacias), mas sem exercer nenhuma atividade – confirma Danilo da Silva, diretor do sindicato em Caxias.
Crimes de menor potencial podem ser registrados pela Delegacia Online.
A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) apoia o movimento. Entre as medidas anunciadas está a suspensão de operações policiais até que o Governo Estadual solucione a falta de vagas nos presídios, que motiva a manutenção ilegal de presos em delegacias de polícia (principalmente na Região Metropolitana). O manifesto Asdep aponta que a permanência de presos nas celas das delegacias da Polícia Civil coloca em risco a vida de policiais, dos presos e da população.
Também foi anunciado que os delegados não participarão dos desfiles de 7 e 20 de setembro, pela incoerência de dispender os já insuficientes recursos materiais e humanos que a Polícia Civil conta atualmente.
BM mantém policiamento nas ruas
Pelo lado da BM, não está planejado nenhuma mobilização na Serra nesta quinta-feira
– Por enquanto não foi nada discutido. A nossa preocupação é com a população que é quem mais sofre. Esperamos que o Governo Estadual tome vergonha na cara. Pelo que parece, o governador não se importa com os protestos ou o sofrimento da população – Paulo Ritter, presidente da Abamf regional de Caxias do Sul.