Cerca de 30 alunos do Cristóvão de Mendoza deram início à ocupação da escola na tarde desta quinta-feira. Os estudantes planejam dormir em duas salas de aula e montaram comissões de limpeza, organização, segurança e alimentação para organizar o movimento.
As reivindicações, segundo a estudante do 1º ano do curso Politécnico Luana Andrade, são por melhorias estruturais na instituição como reforma do auditório, interditado pelos bombeiros há cerca de 4 anos, reparos nos pisos, paredes, janelas e banheiros e também aquisição de novos quadros para as salas de aula, cortinas, portas e tampas de vasos sanitários para os banheiros, entre outros itens.
Além disso, o grupo também cobra o andamento do Plano de Necessidade de Obras (PNO), lançado pelo Governo do Estado em 2012, para o qual o Cristóvão foi contemplando, que prevê a realização de reformas globais nas escolas estaduais. Direção e professores se reuniram com um grupo de alunos para manifestar apoio e também orientar sobre as questões de segurança e responsabilidade que precisam ter no andamento do processo.
– Não podemos tolher o movimento porque entendemos que ele é legítimo. Acreditamos que as causas da educação devem ser exigidas por todos, mas é importante que seja feito de forma organizada e com responsabilidade, especialmente porque envolve alunos que são menores de idade – explica a coordenadora pedagógica da 4ª Coordenadoria Regional da Educação.
Os estudantes estão providenciando bilhetes para solicitação de autorização de pais para os jovens com menos de 18 anos que quiserem permanecer na escola, além de adotar medidas de segurança como coleta de RG de todas as pessoas que entram na escola, e estipular regras de convivência. Eles devem permanecer na escola por tempo indeterminado e planejam atividades educativas para o turno contrário ao das aulas e também para o fim de semana.
– Somente alunos, pais ou professores poderão participar da ocupação. Pretendemos chamar universitários para dar palestras, orientações sobre o ENEM, Fies e Prouni – conta o aluno Décio Vieira.
A diretora da escola, Fabiana Simonaggio afirma que não se opõe à mobilização dos alunos desde que seja organizada e com objetivos definidos.