A segurança das operações de entrega de malotes com dinheiro no aeroporto de Caxias do Sul é organizada pelas próprias empresas de transporte, segundo o secretário de Trânsito de Caxias do Sul, Alfonso Willembring. O terminal é responsável apenas pela logística de operação das aeronaves a partir do momento em que é procurado pela empresa responsável.
O assalto que deixou um policial e um bandido mortos na noite desta quarta-feira (19) ocorreu durante a entrega de malotes que chegaram à cidade avião e seriam distribuídos via carro-forte.
Conforme Willembring, as operações de entrega de dinheiro ocorrem em Caxias do Sul e não têm relação com o fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.
— No auge da crise da enchente chegamos a ter grandes operações de envio de dinheiro por parte do Banco Central porque estava faltando na região, mas ontem (quarta) não era o caso. Era uma operação que já tinha sido realizada em outras ocasiões e sempre com a segurança e a diária, inclusive, da empresa de transporte valores — explica.
Os malotes são transportados em aeronaves das próprias empresas de valores. E a operação costuma ser realizada em um pátio auxiliar. Foi nesse ponto que os criminosos ingressaram com uniformes e veículos falsos da Polícia Federal e o confronto teve início. Marcas de tiros, contudo, também atingiram as portas do terminal de passageiros e de locadoras de veículos que ficam em frente. O carro-forte atacado por criminosos no aeroporto de Caxias transportava cerca de R$ 30 milhões. Cerca de R$ 15 milhões foram recuperados.
Na manhã desta quinta-feira (20), o terminal ficou fechado até as 10h30min para a realização de perícia por parte da Polícia Federal. O acesso a todo o complexo foi impedido e a interrupção das operações foi necessária porque a perícia ocorria próximo à seção de combate à incêndio do complexo. Por conta disso, o acesso dos bombeiros não foi permitido e a operação de aeronaves ficou impedida devido às normas aeronáuticas.