O Parque Municipal Mato Sartori, em Caxias do Sul, está recebendo estudantes de diferentes instituições de ensino para uma programação especial nesta Semana do Meio Ambiente. Durante as atividades, que ocorrem até sábado (8), os estudantes aprendem na prática sobre as espécies de árvores, fotossíntese, decomposição das plantas, além da importância da preservação de cada elemento da natureza. As visitas têm duração de 20 e 40 minutos e são gratuitas.
De acordo com a gerente de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Pâmela Kuse, as visitas com os alunos são guiadas. Ao longo das trilhas de subidas e descidas íngremes, os visitantes têm a oportunidade de estarem imersos no aprendizado com auxílio de uma equipe que faz pausas no caminho para breves explicações. Algumas reformas precisaram ser feitas para que o local estivesse apto para receber os estudantes.
— Abrimos nesta semana para as escolas terem essas visitas guiadas. Não temos equipe ainda para fazermos visitas para o público em geral, então ainda não é possível viabilizar a abertura para todas as pessoas. Neste momento temos dois passeios, um de 20 minutos, que é mais turístico, e outro de 40 minutos, que é de ensino mais técnico. Para esta semana de atividades há escolas chegando e saindo o tempo todo, mas fora desta semana o ideal seria uma escola pela manhã e outra pela tarde — afirma Pâmela.
Por entre a vegetação é possível ver algumas árvores caídas, que não resistiram ao período de chuva que atingiu o Estado no mês de maio. As espécies que não caíram nas trilhas passam pelo processo de decomposição no mesmo local e são utilizadas como objeto de ensino para os visitantes. Aquelas que caíram em pontos que bloqueiam a passagem são utilizadas para reconstrução de pontes e locais de passagens dos visitantes como forma de não serem descartadas.
— Este parque é um pulmão no meio da cidade de Caxias. Infelizmente, por causa da chuva, tivemos muitas quedas de árvores, o solo amoleceu, ficou encharcado e elas caíram. Quando caem, elas ficam com a raiz para cima. Por causa dessas quedas estamos fazendo um processo de replantio que será constante devido às mudanças climáticas. Quando recebemos os estudantes, eles participam desse replantio e desse processo de reconstrução do parque — conta a gerente de educação.
Além da visita guiada pelo parque, os estudantes também podem aprender sobre as espécies de árvores e animais que têm no local em uma sala interativa. Nela, há uma maquete que mostra toda a extensão e as trilhas do Mato Sartori, os visitantes podem participar de jogos, fazer piquenique e aprender ainda mais sobre a visita em meio a natureza.
— É uma imersão de estudos, eles são ensinados sobre a clorofila, aqui no parque tem muitos cipós e eles também aprendem sobre isso. Também aprendem sobre erva-mate, sobre a coloração de líquens que quanto mais avermelhado mais puro é o ar. Abordamos ainda a necessidade de não poluir e a sempre recolher quando encontramos algum tipo de lixo na natureza. É um passeio rico no meio da cidade — explica Pâmela.
Estudo para a reabertura ao público geral
Para que o local volte a ser aberto para o público geral, uma série de estudos está sendo feita. Por ser um parque de educação ambiental, é preciso analisar como será a preservação, quais são os locais de riscos onde visitantes podem sofrer alguma queda e como evitar que lixos sejam jogados por entre a vegetação.
— Estamos avaliando um retorno de acesso controlado. A ideia é reabrir para a população nos finais de semana. Como é um parque de educação ambiental, não podemos abrir à vontade, pensamos em limitar entre 40 e 80 pessoas. Aqui é a casa de animais como o cachorro do mato e a jaguatirica, então tem uma série de cuidados que precisam ser tomados antes dessa abertura. Queremos que a população possa conhecer, mas é preciso avaliar esse tipo de visita antes — afirma o diretor-executivo do parque, Marcelo Valmir da Silva.
Além do estudo, diferentes pontos do local ainda precisam receber reformas. Com um orçamento estimado em R$ 80 mil, não há uma previsão de que o local receba as melhorias necessárias. Por causa da situação, alguns pontos estão com acessos bloqueados e sem previsão de reabertura.
— Uma floresta como esta no meio da cidade, com animais, árvores, uma série de estudos ao ar livre, não existe. Queremos viabilizar essa reabertura, sabemos que alguns caminhos por entre as trilhas não há como reabrir por questões de segurança, então tudo precisa ser construído de forma bem preparada, não é de um dia para o outro, mas sabemos a importância desse tipo de parque para toda a cidade — pontua o diretor.
Portanto, por se tratar de uma avaliação minuciosa, não há previsão de reabertura da visitação dos moradores em geral no local. Entretanto, instituições de ensino que queiram conhecer e visitar o local podem acessar o site da prefeitura de Caxias do Sul, por meio da aba Serviços Online, e agendar horários para fazerem algum dos passeios guiados.