Com uma história de vida totalmente ligada à Caxias do Sul, Benito Toigo morreu na última segunda-feira, aos 93 anos. Ele é filho do arquiteto italiano Silvio Toigo, que radicou-se na cidade no fim da década de 1920 e foi responsável por obras como o Monumento ao Imigrante, Metalúrgica Abramo Eberle, prédio do Clube Juvenil, Recreio da Juventude e Colégio do Carmo, levando o título de comendador. Benito, ainda jovem, chegou a atuar em algumas obras ao lado do pai. A cremação ocorreu neste terça-feira (11), no Memorial Crematório São José.
Em 1950, conheceu Sally, que sempre considerou "o amor de sua vida", durante a Festa da Uva de 1950, que foi realizada nos pavilhões da antiga Cooperativa Madeireira Caxiense. No evento, Benito trabalhava no estande da Cooperativa de Tungue, um negócio da família. Sally era filha de agricultores de São Giácomo e distribuía lembrancinhas do evento. Um ano depois, se casaram e optaram por morar em uma colônia, na localidade de Nova Palmira. Ali tiveram os cinco filhos: Marília, Marlene, Marco Antônio, Marly e Marcelo.
Em meados de 1969, Benito voltou para a cidade para atuar na cooperativa do pai e fixou residência no bairro São Pelegrino. Figura conhecida no bairro, Seu Toigo, como era chamado, circulava pelas ruas e tinha como hábito comprar o jornal diariamente. Gostava muito de ler, estudar coisas novas e conversar. Benito era torcedor antigo do S.E.R Caxias, acompanhando o time grená desde o time era conhecido como Grêmio Esportivo Flamengo.
Ao perder Sally, que morreu em 2020, não passou um dia sequer sem falar da "namorada", como se referia a ela. Dizia que tudo estava bem, exceto o coração, que sentia a falta da amada. Benito deixa, além dos filhos, nove netos (Fernanda, Wagner, Luciano, Camila, Emília, Cleber, Michele, Marcia e Leonardo) e seis bisnetos (Raiar, Zaion, Alice, Pietro, Gabriel e Francisco).