"Caxias do Sul é uma cidade acolhedora" foi como definiu o prefeito Adiló Didomenico durante a celebração dos 134 anos do município, na tarde desta quinta-feira (20), na Praça Dante Alighieri. A comemoração ainda contou com homenagens aos voluntários que atuaram na ajuda humanitária durante o desastre ambiental no Rio Grande do Sul em maio.
A celebração começou com show musical da dupla Tita e Rafa, que também cantaram a música Céu, sol, sul, terra e cor, enquanto as autoridades seguravam a bandeira do RS no palco. A solenidade seguiu com discurso do prefeito Adiló aos presentes. Ele definiu que a cidade "tem o DNA do acolhimento" e prestou solidariedade aos familiares e colegas do sargento Fabiano Oliveira, morto na noite de quarta-feira (19), durante ataque a um carro-forte no aeroporto de Caxias.
— Caxias do Sul tem o DNA do acolhimento para todos que chegam aqui. Agora, acolheu tantos irmãos gaúchos em cidades que foram praticamente dizimadas. Precisamos estender os braços para quem precisa, como Caxias sempre fez — disse Adiló.
O bolo de quase 300 quilos, com o formato dos números um, três e quatro e das cores da bandeira do Rio de Grande do Sul, foi distribuído por voluntárias do projeto Conviver, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, e pelo próprio prefeito.
O casal de namorados Ana Kelly Rosso, 18 anos, e Eduardo Silva, 21, recebeu o pedaço de bolo das mãos do prefeito. Os dois participaram pela primeira vez da celebração na Praça:
— Eu nasci aqui, mas é a primeira vez que eu venho. Eu achei incrível, porque achei que ia ficar aqui um bom tempo, mas valeu a pena, né? Recebi da mão do Adiló! Foi legal! — afirma Ana.
A festa foi também momento de reconhecer o trabalho de todos que ajudaram, de alguma forma, as pessoas que foram afetadas pela chuva e pela enchente no estado. No discurso, o prefeito agradeceu às pessoas, empresas, organizações não-governamentais e entidades que atuaram na linha de frente durante a tragédia climática.
Voluntário da Cruz Vermelha, Gabriel Besteiro, de 26 anos, afirma que a homenagem foi um ato importante para evidenciar o trabalho das pessoas que ajudaram tantos gaúchos durante esse período:
— Não só eu, mas todos os voluntários se sentem muito reconhecidos, porque é um trabalho muito obscuro, né? Fica sempre nos bastidores. Nesse momento tão importante a gente ser reconhecido pela cidade é um mérito que a gente nunca vai esquecer — resume.