Uma portaria divulgada pelo Ministério dos Transportes no dia 8 de março determinou que todas as concessionárias de rodovias do país passem a oferecer a opção de pagamento de pedágios por Pix a partir de junho deste ano. A medida ainda depende de detalhamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas tem o objetivo de dar mais alternativas aos motoristas e melhorar a eficiência do pagamento. Nas rodovias da Serra com cobrança de tarifa, porém, o Pix já é realidade.
Nos dois únicos pedágios no modelo tradicional, com cancelas, na RS-235 em Gramado e São Francisco de Paula, a opção está disponível desde agosto do ano passado. Além do Pix, as tarifas também podem ser pagas por outros meios eletrônicos, como tags e cartões de crédito e débito. Pagamento em dinheiro também segue sendo aceito. As praças são operadas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
Já nos pontos de cobrança da CSG o pagamento é exclusivamente eletrônico. Desde o acionamento de todos os pórticos de free flow e extinção da praça de pedágio em Portão, no último sábado (30), a quitação da tarifa ocorre por tags, aplicativo, site ou em totens nas bases de atendimento.
A cobrança via tags cai direto na fatura do serviço e o pagamento pode ser feito conforme as modalidades oferecidas por cada operadora. Quem quita a tarifa por site ou aplicativo têm as opções de utilização de cartão de crédito ou Pix. Já nos totens das bases de atendimento, são aceitos Pix e cartão de crédito ou débito.
Pix exige conexão
Representantes nacionais do setor de concessões argumentam que a implantação do Pix como forma de pagamento enfrenta desafios técnicos e de custos. O principal deles é a cobertura de sinal de telefonia nas rodovias, especialmente em pontos distantes de centros urbanos.
Ao contrário do pagamento via cartões de crédito e débito, já adotado por diversas concessionárias, o Pix exige conexão à internet tanto para quem paga quanto para quem recebe. O Ministério dos Transportes chegou a recomendar a instalação de wi-fi nas praças de pedágio, mas as empresas pedem a renegociação de contratos sob o argumento de que aumentaria custos.
No caso da EGR, a empresa recomenda que os condutores verifiquem a cobertura de telefonia antes de optar pelo Pix. Já as bases de atendimento da CSG contam com wi-fi, que pode ser utilizado inclusive para o pagamento via Pix nos totens.