Desde o decreto de situação de emergência por causa da dengue em Caxias do Sul na última semana, o município fez encaminhamentos para tentar conter o avanço repentino de casos. Nesta segunda-feira (1º), a cidade chegou a 62 pessoas infectadas com a doença apenas neste ano. O número é 464% maior que a quantidade de pessoas confirmadas com a dengue no mesmo período do ano passado, quando eram 11 casos no município.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ainda para esta semana está prevista a chegada de 2 mil testes rápidos, que servem para detectar a doença e poderão ser feitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, está em processo de finalização a contratação emergencial de médicos clínicos, que estarão atuando em diferentes unidades básicas de saúde (UBSs). As duas medidas já estavam previstas no decreto anunciado no dia 25 de março.
Ainda conforme a secretaria, ainda não é possível afirmar quantos profissionais chegarão no município, mas o órgão está trabalhando para que o trabalho dos clínicos seja iniciado o mais breve possível.
426 focos identificados e eliminados
Com o rápido avanço de casos confirmados na cidade, a SES tem reforçado ações para conter a proliferação do mosquito. Até o momento, 426 focos foram identificados e eliminados em Caxias do Sul. Dos 62 casos confirmados até o momento, 18 foram contraídos dentro da cidade.
Entre as medidas para identificar os possíveis focos do mosquito, a SES afirma estar realizando visitas de rotina em diferentes pontos da cidade. Conforme a secretaria, a situação deste ano é vista com preocupação. Desde o decreto de situação de emergência, o município tem respaldo para entrar em pátios de residências e em terrenos baldios para verificar a presença de criadouros do mosquito, assim como, se for necessário, requisitar leitos aos hospitais da rede privada.
Ainda segundo a SES, no momento não há pessoas internadas em unidades de terapia intensivas (UTIs) no município e, por este motivo, não tem a necessidade de requisição de leitos.
Confira as principais medidas do decreto:
- Confirma a mobilização de todas as secretarias e autarquias municipais para que auxiliem com o fornecimento de equipamentos, insumos, mão de obra e veículos;
- Autoriza a Secretaria Municipal da Saúde a requisitar leitos aos hospitais da rede privada;
- Autoriza todos os agentes públicos a entrarem em terrenos baldios e pátios de residências para averiguar a presença de criadouros;
- Autoriza a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, por meio da Codeca, a limpar imóveis com potenciais criadouros de Aedes aegypti e a cobrar dos respectivos proprietários;
- Autoriza a contratação emergencial de profissionais da área da saúde, na forma da lei municipal, previstos ou não no plano emergencial, para o atendimento global da população, com atribuições de prestar orientações, fazer atendimento clínico e acompanhamento residencial, se necessário;
- Autoriza a Secretaria Municipal do Urbanismo, Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos e o Samae a drenar escavações de obras paradas e cobrar dos respectivos proprietários;
- Autoriza compras e aquisições de insumos que incluem testes rápidos.