A prefeitura de Caxias do Sul divulgou, na tarde desta terça-feira (27), um balanço sobre a primeira noite de abordagens e encaminhamentos de pessoas em situação de rua. As ações ocorreram na noite de segunda-feira (26) e seguem nesta terça. Os procedimentos são realizados após o poder público criar um gabinete de crise para tratar da morte de um homem na noite de sábado (24), no bairro Rio Branco, enquanto passeava com um cachorro. A vítima teria sido atingida por um homem em situação de rua.
Conforme a prefeitura, seis pessoas foram atendidas em dois pontos diferentes da cidade. Quatro foram encaminhadas para os serviços de acolhimento da Assistência Social, sendo que duas delas manifestaram que estavam apenas de passagem pela cidade. Uma das pessoas acolhidas foi também encaminhada para o Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (Caps) para tratar da dependência química.
O trabalho é realizado em conjunto por equipes da Fundação de Assistência Social (FAS) e Secretaria Municipal da Saúde. A Codeca e a Guarda Municipal também acompanharam a ação.
— Temos 120 vagas em casas de passagem, realizamos cerca 500 atendimentos mensais no Centro Pop Rua, com oferta de banho e alimentação, retorno para cidade de origem e oferecemos cursos de capacitação e ajudamos no encaminhamento ao mercado de trabalho — disse o prefeito Adiló Didomenico.
Pela manhã, uma nota divulgada pelo Comitê Pop Rua contestou informações divulgadas pela prefeitura de Caxias do Sul. O material alega que o suspeito de matar José Monteiro Silveira, 34 anos, não estava em situação de rua. Segundo o comunicado, o suspeito, preso pela Brigada Militar, possui um endereço fixo no município e tem transtorno mental grave.
A nota ainda alerta que é preciso apresentar dados para "relacionar a população em situação de rua ao aumento da criminalidade" no município. O texto também lamenta a morte de José e se solidariza com os familiares e amigos. Ele foi sepultado na manhã de segunda-feira no município de Praia Grande (Santa Catarina).