A menos de um mês da abertura da temporada de verão, a movimentação na Rota do Sol passa a se intensificar nos próximos dias entre a Serra e o Litoral Norte. GZH percorreu a rodovia na terça-feira (28) para verificar em que condições os veranistas vão encontrar o caminho. O trajeto percorrido foi do entroncamento de Caxias até o viaduto da BR-101, no município de Terra de Areia. Os trechos mais problemáticos ficam entre o viaduto da BR-116 para Fazenda Souza e do distrito caxiense até Lajeado Grande, em São Francisco de Paula.
Administrada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), sem a presença de pedágio, há diversos pontos ao longo da estrada com pavimentação irregular e buracos que exigem atenção dos motoristas.
Além dos buracos, parte da sinalização está encoberta pela vegetação, especialmente, entre Caxias do Sul e o Apanhador, há falta de acostamento e até mesmo ausência de placas em boa estrutura. Algumas estão tortas, caídas ou pichadas.
No Km 15, da RS-486, os motoristas precisam ligar o alerta ao passar pelo ponto onde há um desnível significativo na rodovia, porque é preciso reduzir a velocidade. Há os cones no local para sinalizar.
Pavimentação
Em relação a pavimentação, a trafegabilidade é boa, mas há trechos em que a via está irregular nos pontos onde o asfalto foi recapeado ao longo dos anos. Atenção ao passar para o trecho logo após o acesso a São Francisco de Paula, via Tainhas. Neste ponto, além do recapeamento, o asfalto voltou a ceder. Há pelo menos três buracos em sequência. Um buraco próximo ao acostamento é profundo, e outro é mais extenso. Quando os veículos passam, especialmente caminhões, o asfalto cede ainda mais, sendo que pedaços de pedras saltam na via. O trecho até a localidade de Alziro Ramos é um dos piores trechos da rodovia, com problemas mais intensos na pavimentação.
No retorno do Litoral para a Serra, há desníveis no asfalto e buracos próximo ao Cemitério do Espinho, na RS-486, em Terra de Areia. No primeiro acesso ao município de Itati, tem uma série de remendos longos, o que prejudica a trafegabilidade. Esses remendos ocupam trechos pequenos da estrada, mas são suficientes para fazer com que o veículo trepide ao passar sobre os "remendos" na via. Também se formaram buracos antes do acesso ao Parque das Cascatas, sendo que a pavimentação oscila pontos irregulares, com trechos com melhor condição de trafegabilidade de Lajeado Grande até o distrito de Vila Seca.
Geometria
A via tem acostamento em alguns trechos, especialmente, entre Caxias do Sul e Tainhas. Embora seja estreito, há como o motorista parar o carro. De Caxias até a localidade do Apanhador, em São Francisco de Paula, devido a presença de vegetação alta, há pontos em que não tem como estacionar.
A pista da Rota do Sol é uma rodovia com pista simples, com trechos de faixa adicional. No trecho dos Campos de Cima da Serra, as curvas são mais abertas, e na Serra, é preciso redobrar a atenção. No km 4, em Arroio Carvalho, em Itati, por exemplo, pouco antes do primeiro túnel, a Rota do Sol já é RS-486.
Sinalização
Um dos principais problemas é a falta de sinalização, necessidade de manutenção nas placas existentes, e a falta de iluminação em todo o trajeto de Caxias do Sul até Terra de Areia.
Do entroncamento da RS-453, com o viaduto da BR-116, até o acesso ao distrito de Fazenda Souza, há placas caídas, uma delas próximo ao bairro Jardim das Hortênsias e outra próxima a localidade de São Brás. Os problemas seguem sendo que faltam placas para nortear o motorista em muitos trechos da rodovia. Também há diversas placas encobertas pela vegetação alta ou com as letras apagadas. Também há guard-rails comprometidos, e que precisam de manutenção ao longo da via.
Serviços
Aos finais de semana, equipes do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) atuam na rodovia, na base operacional instalada em Tainhas, no município de São Francisco de Paula. A partir de 8 de dezembro, começa a Operação Golfinho, com abertura em Osório, no Litoral Norte. A ação intensifica a fiscalização na rodovia.
Em caso de emergência os motoristas podem acionar os contatos abaixo:
- Bombeiros: 193
- Central dos Bombeiros em Caxias do Sul: (54) 3223 - 6555
- Samu: 192
- Samu em Caxias do Sul: (54) 3289-4800
- Polícia Rodoviária Estadual (Comando Farroupilha): (51) 98687 - 4302
- Polícia Civil de Caxias do Sul: (54) 98407 - 9768
- Guarda Municipal de Caxias do Sul: (54) 3901 - 1610 ou 153
- Instituto Geral de Perícias (Peritos Plantão): (54) 98412 - 0927
- Instituto Geral de Perícias (Plantão Remoção): (54) 98447 - 8175
Limpeza
A chuva registrada na região nos últimos dias, principalmente, o temporal dos dias 17 e 18, deixaram marcas na estrada. Há árvores e pedras caídas no acostamento, em diversos pontos. Também há pontos com lixo e sujeira acumulados na via.
De Caxias até o distrito de Fazenda Souza, a vegetação é mais fechada e as árvores altas, o que encobre as placas. Do distrito caxiense de Vila Seca até o Apanhador, em São Francisco de Paula, a vegetação está mais baixa. Com a mata mais aberta, é possível parar no acostamento;
O que diz o Daer
O diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luciano Faustino, garante que ao menos um trecho da rodovia já passou por melhorias. Faustino ressalta que a pavimentação é uma das prioridades, sendo que as equipes realizaram operação tapa-buracos no trecho entre Caxias do Sul e Lajeado Grande na última quarta-feira (29), e está programada roçadas na via para os próximos dias.
— Vamos fazer operações rotineiras para deixar a rodovia sem buracos, porque com um pavimento sem buracos temos mais segurança, e podemos começar a olhar para outros pontos como a roçada. Ela não é importante só para manter o aspecto da rodovia, mas para a visibilidade, então certamente vamos focar nela. As operações para tapar buracos vão ser feitas com mais frequência porque há pontos com desgaste na Rota do Sol, e estamos vivendo períodos com muita chuva —afirma Faustino.