É um novo status para o decreto de calamidade pública que vai determinar os recursos que serão repassados a Santa Tereza para a reconstrução do município. A prefeitura ainda aguarda o reconhecimento estadual e federal do documento publicado, em nível municipal, no dia 20 de novembro. Segundo a prefeita Gisele Caumo, o coordenador da Defesa Civil do RS, coronel Luciano Chaves Boeira, deu prazo até o final desta semana para o reconhecimento:
— O documento precisou sofrer uns ajustes na inserção do decreto para a Defesa Civil do Estado, mas ainda essa semana será reconhecido — explicou Gisele.
Em menos de 80 dias Santa Tereza foi atingida por duas cheias do Rio Taquari e Arroio Barra. O prejuízo estimado é de R$ 16 milhões e foi causado apenas pelo último fenômeno climático. Os danos públicos foram calculados em R$ 13 milhões e, os privados, em R$ 2,6 milhões. Na indústria, comércio, serviços e turismo, o prejuízo é de R$ 720 mil. E na agricultura, que teve o solo danificado e os acessos ao interior bloqueado, as perdas foram calculadas em R$ 488.500,00.
Os acessos da Linha José Júlio, devastada ainda na primeira enchente, foram indicados pela Defesa Civil para o repasse de recursos do governo federal, a partir do reconhecimento do primeiro estado de calamidade pública, decretado pelo município em 5 de setembro. Segundo a prefeitura, são R$ 403.251,21 para a pavimentação de estradas danificadas pela cheia do Rio Taquari.
— O recurso já está empenhado, só está aguardando a disponibilidade financeira. Pela Defesa Civil Federal existe todo um trâmite de pagamento, que é efetivado através de um cartão — disse Gisele.
Levada pela força da água do Arroio Barra Mansa no sábado (18), uma ponte pênsil centenária também deverá ser reconstruída com fundos para o restabelecimento da cidade, assim que o novo estado de calamidade for reconhecido e os recursos puderem ser solicitados.
Aulas retomadas
Suspensas durante toda a semana passada, as aulas puderam ser retomadas nesta segunda-feira (27) em Santa Tereza. A ida dos cerca de 200 alunos às três escolas da cidade foi cancelada devido às más condições das estradas que ligam o interior ao centro. Elas já foram liberadas.
A Educação Infantil, atendida pela escola municipal Descobrindo Caminhos, segue recebendo as crianças de forma improvisada no Salão Paroquial, até que a estrutura atingida por duas enchentes esteja pronta para retomar as atividades.