Os técnicos e auxiliares de enfermagem do Hospital Pompéia e da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Central decidiram pela suspensão da greve em Caxias do Sul. A decisão ocorreu após uma audiência com mediação do presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RS), Francisco Rossal de Araújo, na tarde desta quarta-feira (12). A paralisação na cidade ocorria desde o dia 6.
De acordo com a presidente do Sindisaúde, Bernardete Giacomini, alguns trabalhadores já voltaram aos postos na manhã desta quinta-feira (13), assim que a assembleia dos trabalhadores foi encerrada. Outros devem retornar a partir das 13h. Bernadete afirma que o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), Valdirlei Castagna, informou à categoria que a expectativa é de que os recursos para o pagamento do piso salarial sejam liberados em 45 dias pelo Ministério da Saúde.
A sugestão de encerramento da greve foi construída coletivamente pelo TRT, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelas partes envolvidas na greve, que são o Sindisaúde, o Hospital Pompéia e o InSaúde, gestor da UPA Central. Conforme o Sindisaúde, a proposta envolve ainda abono de 100% dos dias paralisados e garantia de emprego até a próxima audiência de conciliação, que deve ser realizada em 11 de setembro.
A greve
Os trabalhadores reivindicam o pagamento do piso nacional da categoria. A decisão pelo movimento levou em conta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que definiu que o pagamento do piso salarial deve ser feito aos trabalhadores do setor público e que o do setor privado deve ser negociado. O novo piso para técnicos de enfermagem contratados pela CLT é de R$ 3.325; R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
Atualmente, de acordo com a presidente do Sindisaúde, Bernadete Giacomini, o dissídio da categoria no último ano ficou na casa dos R$ 2,1 mil a R$2,2 mil mensais.
Apenas os técnicos e auxiliares de enfermagem do Hospital Pompéia e da UPA Central estão em greve. Antes, ficou determinado pela Justiça que 70% da categoria deve manter as atividades, sendo 100% na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).