Seis hospitais da Serra vão participar do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, com a oferta total de 1.001 procedimentos. O número de cirurgias na Serra equivale a 5,73% do total do Rio Grande do Sul, que será de 17.468 procedimentos. No Estado, o planejamento do programa é feito em parceria com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RS).
Em Caxias do Sul, o Hospital Virvi Ramos vai participar do programa, com a oferta de 69 cirurgias. Em Nova Petrópolis, o Hospital Nova Petrópolis participa com 119 procedimentos. Em Garibaldi, o São Pedro terá oferta de 230 cirurgias. Já em Guaporé, a Associação Hospitalar Manoel Francisco Guerreiro participa com 69 procedimentos. Em Farroupilha, no São Carlos, serão 133 cirurgias. Para fechar, o São João Batista, de Nova Prata, é o que terá mais oferta de procedimentos na região: 381.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram contempladas as regiões de Caxias do Sul e Nova Petrópolis, com a oferta de cirurgia geral, traumatológica e nas especialidades de ginecologia e urologia. Já nas regiões de Garibaldi, Guaporé e Nova Prata, a cobertura será de cirurgia geral, vascular, traumatológica, neurológica e de pele, além de especialidades de otorrinolaringologia, ginecologia e urologia. Na região de Farroupilha estão previstas cirurgias de neurologia e traumatologia.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Caxias do Sul, atualmente, a fila de espera para cirurgias eletivas é de 8,1 mil pessoas. A oferta de procedimentos no maior município da Serra pelo programa federal é de 69 cirurgias, apenas 0,85% da necessidade.
Para os hospitais participantes do mutirão, o Ministério da Saúde pagará o dobro da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para que realizem os procedimentos cirúrgicos represados. Na Serra, o valor de recursos direcionados aos hospitais para a redução das filas será de mais de R$ 1,4 milhão.
Os hospitais da região estão contemplados na Gestão Municipal do projeto, o que significa que os recursos serão direcionados aos Fundos Municipais de Saúde, diretamente pelo Fundo Nacional de Saúde. O projeto, que tinha previsão de começar ainda em maio, deve seguir até dezembro.
Secretaria da Saúde de Caxias e hospitais Pompéia e Geral suspendem, temporariamente, cirurgias eletivas
Sem leitos para acolher novos pacientes e com as unidades de pronto atendimento (UPAs) lotadas, com risco de prejuízo, inclusive, ao funcionamento do Samu, os hospitais Pompéia e Geral, em Caxias do Sul suspenderam por 15 dias a realização de cirurgias eletivas. O objetivo é garantir leitos a pacientes que demandem serviços de urgência.
De acordo com a SMS, a situação ocorre pela alta demanda de casos clínicos que exigem acompanhamento de alta complexidade, principalmente nas áreas de cardiologia, oncologia, vascular, neurologia e nefrologia. Essa alta demanda pode afetar, também, o funcionamento do Samu porque, quando um paciente é levado ao hospital, mas não há leito livre, a ambulância precisa permanecer no local, até que o paciente seja deslocado para um leito disponível.