Um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii), resgatado em São Marcos, foi acolhido pelo Zoológico da Universidade de Caxias do Sul (UCS). O resgate do animal, um macho, ocorreu na semana passada em uma propriedade rural. Ele estava extremamente desidratado, prostrado e com parasitas. O felino selvagem passou por tratamento intensivo e já está fora de risco.
O gato-maracajá recebeu os primeiros cuidados em uma clínica veterinária no próprio município e foi encaminhado à UCS para tratamento. Na instituição, passou por avaliações e exames de sangue, sorológicos e bioquímicos, negativando para doenças como FIV e Felv (enfermidades causadas por vírus) e com resultado positivo para giardia (que pode provocar inflamação grave dos intestinos). Os testes também forneceram indicativos de que o animal não se alimentava há bastante tempo, conforme explicou o médico veterinário responsável técnico pelo Zoológico da UCS, Gabriel Guerreiro Fiamenghi.
Conforme a Universidade, o gato-maracajá segue com boa perspectiva de evolução e de reintegração à natureza, com projeção de soltura nas próximas semanas.
Sobre o gato-maracajá
A espécie está na lista dos animais em extinção no Brasil. É colocada em risco a partir de caça e derrubada ou fragmentação de seu habitat natural – seu ambiente preferido são as matas densas. Na natureza, alimenta-se de ratos e aves de pequeno e médio porte, frutas e sementes.
É encontrado em quase todo o Brasil, sobretudo na Amazônia e na Mata Atlântica, entretanto, com pequena população.