O diagnóstico de uma doença nunca é um momento fácil, principalmente quando ela acomete uma criança. Infelizmente, essa é a realidade que a família do pequeno Davi Lucca Alves dos Reis, seis anos, tem enfrentado desde o dia 18 de julho. Na data, o menino, natural de Caxias do Sul, foi diagnosticado com trombose de veia porta. Essa é uma enfermidade rara, que obstrui a veia que leva o sangue até o fígado causando, assim, varizes no esôfago.
O problema é que essas varizes aumentam de tamanho gradativamente até se romperem. Quando ocorre o rompimento, Davi tem hemorragias esofágicas e vomita uma grande quantidade de sangue. Sempre que isso acontece, ele precisa passar por um procedimento paliativo, chamado ligadura elástica. Em 20 dias da descoberta da doença, Davi já possui nove ligaduras no esôfago.
— Eu acho que mãe nenhuma merecia passar por uma situação dessas, e eles (as crianças) menos ainda. A sensação de receber um diagnóstico desses é de impotência, porque a gente não tem muito o que fazer. É muito triste conviver com a doença. A gente nunca sabe quando ele vai ter outro episódio de hemorragias. A primeira, que foi quando descobrimos a doença, foi no dia 18 de julho. Ontem (terça-feira, dia 8), ele teve o segundo episódio — desabafou a mãe, Naiana Alves de Oliveira.
A única chance de salvar a vida de Davi é através de uma cirurgia chamada Shunt Meso Rex, técnica que utiliza uma veia para construir um novo canal para levar o sangue até o fígado. Entretanto, no Brasil, não existem médicos aptos a realizar o procedimento. Por isso, o médico italiano radicado em Chicago (EUA), Riccardo Superina, se desloca até o Hospital Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, duas vezes ao ano para operar algumas crianças. Atualmente, o médico está treinando uma equipe de cirurgiões brasileiros para que estes estejam aptos para realizar o procedimento sozinhos no futuro.
O maior de todos os problemas é que a cirurgia não é realizada através do Sistema Único de Saúde (SUS) e nem pelo plano de saúde da família. Sendo assim, entre cirurgia, procedimentos, consultas, exames e deslocamentos até Porto Alegre, os pais de Davi precisam arrecadar um total de R$ 300 mil. Como a família não dispõe desse valor, foram criadas campanhas para ajudar a angariar todos os custos para salvar a vida do menino. Até o momento, já foram doados cerca de R$ 210 mil.
Quem puder ajudar deve realizar a doação pelo site da Vakinha ou através do PIX, chave telefone (54) 99139-4969, em nome de Naiana Alves de Oliveira.
* Com supervisão de Daniel Angeli