Motoristas que dependem da Estrada Municipal José Zanette, no interior de São Gotardo de Vila Seca, têm enfrentado um problema que se repete em estradas vicinais que passam por pavimentação em Caxias do Sul. Ao menos quatro postes, que deveriam ter sido realocados para o alargamento da via e a aplicação do asfalto, não foram movidos e agora ficam no meio da pista.
O problema se arrasta desde 2019 e não é exclusividade da Estrada José Zanette. A Estrada Municipal Arziro Galafassi, conhecida como Estrada dos Romeiros, também teve a conclusão das obras adiadas por problemas no reposicionamento de postes. A estrada Patrício Pasquali, que liga Fazenda Souza a Vila Seca, também aguarda por solução.
A dificuldade para reposicionar as estruturas ocorreu devido a divergências do município com a empresa contratada exclusivamente para o serviço, que dizia que o serviço exigido não estava previsto em contrato. Diante do descumprimento, a prefeitura aplicou penalidades e acabou rescindindo o contrato em 2020. No ano passado, a própria RGE foi contratada pela prefeitura para resolver o problema na Estrada dos Romeiros, mas a solução não pode ser estendida aos outros trechos, segundo a secretária do Planejamento, Margarete Bender.
— Em casos de emergência, a RGE pode fazer essa realocação. No caso da Estrada dos Romeiros conseguimos, junto com a RGE considerar como emergencial, mas as demais não. A própria RGE também vem mudando duas regras internas — explica.
Para solucionar definitivamente o problema, o município lançou uma nova licitação para que uma empresa realize a movimentação dos postes pendentes. A previsão é de que todo o trâmite esteja concluído em abril e a empresa esteja apta a iniciar o serviço. Para obras novas, como o asfaltamento da ligação entre Loreto e Cerro da Glória, o reposicionamento de postes já está incluído no contrato da obra.
A pavimentação de 11 quilômetros da José Zanette começou no primeiro semestre de 2020 e permitirá a ligação da Rota do Sol, próximo à Vila Seca, com a BR-116, próximo à Parada Cristal. O trajeto poderá ser uma alternativa mais curta a moradores de São Marcos que se deslocam ao Litoral. Ao todo, a obra tem custo de R$ 19,3 milhões e será paga com recursos do empréstimo de US$ 33 milhões obtido pelo município junto à Corporação Andina de Fomento (CAF).