Os animais resgatados em um abatedouro clandestino em Forqueta no dia 18 de novembro chegaram na tarde desta sexta-feira (26) à Universidade de Caxias do Sul (UCS). Após a operação da semana passada, os equinos haviam sido levados para o Centro de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária no município de Hulha Negra, distante cerca de 500 quilômetros de Caxias.
Os seis animais - quatro éguas, um cavalo e uma mula - foram encontrados pela equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar em uma chácara, no bairro Forqueta, que era utilizada como abatedouro clandestino. Segundo o Ministério Público, os equinos seriam abatidos para serem transformados em hambúrgueres.
Inicialmente, eles serão atendidos e avaliados na Clínica de Grandes Animais da UCS. A viagem de Hulha Negra até Caxias iniciou-se por volta das 6h30min desta sexta-feira e foi considerada tranquila pelo condutor da Secretaria Estadual da Cultura Pecuária e Irrigação, que preferiu não se identificar. A chegada na clínica ocorreu às 15h40min.
— Agora eles ficam isolados num galpão, nas coxeiras. Não tem nenhum tipo de outro cavalo junto porque eles são animais sem procedência. Eles passam por revisão médica e por exames obrigatórios, anemia infecciosa equina, mormo... Fazem vacinas e são monitorados nestes primeiros sete a 10 dias. Após esse período, estando livre de doenças, eles são liberados para as adoções — explica o professor e coordenador do curso de Medicina Veterinária da UCS, Leandro do Monte Ribas.
Os seis animais são de responsabilidade da Proteção Animal Caxias (PAC), que conseguiu a guarda dos equinos. A juíza da 4ª Vara Criminal de Caxias do Sul, Maria Cristina Rech, assinou o pedido, e concedeu a guarda à PAC na última sexta-feira (19). A Sociedade Amiga dos Animais (Soama) também é apoiadora e parceira da PAC na ação que trouxe os equinos de volta a Caxias.
Mais de 200 contatos de interessados em adotar os animais
Ainda na última sexta-feira (19), a PAC e a Soama usaram as redes sociais para buscar interessados em adotar os equinos resgatados. A presidente da PAC, Cátia Giesch, afirma que recebeu cerca de 170 contatos de interessados, enquanto a Soama recebeu cerca de 40 pedidos. As solicitações vieram até de Santa Catarina.
Os seis animais já tem adotantes definidos e foram batizados pelas voluntárias da PAC e da Soama como Celeste, Vitória, Star, Raio de Sol, Príncipe e Pantufa.
— Demos prioridades para adotantes próximos, para que a gente possa ir visitar. A maioria já tem outros animais adotados. Eles só vão para os adotantes depois que tiverem alta aqui da UCS — explica Cátia.
As despesas geradas com a alimentação, bem como com as vacinas e os exames realizados na UCS, ficarão por conta das ONGs.