A Escola Escola Municipal Gina Guagnini, de Muitos Capões, promoveu um projeto sobre a valorização do resíduo sólido, que finalizou com doação de recursos para a Escola Estadual de Ensino Médio Dom Frei Vital de Oliveira, que teve parte do prédio destruído por um ciclone extratropical em junho de 2020. Nas aulas de ciências, ministradas professora Ana Paula Garbim, os alunos do 6ºano trabalharam o meio ambiente, abordando temas como conscientização social, reciclagem, decomposição dos materiais, solidariedade e trabalho em equipe, entre outros.
Visando promover a consciência e o hábito de separar o lixo, os alunos confeccionaram lixeiras seletivas e fôlderes, para distribuir na comunidade. As lixeiras foram dispostas na escola e na prefeitura. Segundo a diretora, Kelli Biasuz Deitós, moradores ajudaram na arrecadação de papelão, latinhas, garrafas PET e outros materiais recicláveis. No final do período de coleta, o material foi vendido para uma recicladora de Lagoa Vermelha.
— Após vender o material, planejamos doar o valor à Escola Dom Frei. Primeiramente, em função do que a escola passou e, segundo, porque temos muitos dos nossos alunos que vão pra lá no Ensino Médio, uma vez que nossa escola só tem até o 9° ano. Além do fato de familiares dos nossos alunos lá. Afinal, ela é uma escola da comunidade assim como a nossa — afirma Kelli.
O projeto ocorreu nos meses de setembro e outubro e a entrega do valor foi concluída na manhã da última quarta-feira (10). Foram R$ 180 doados para a Escola Dom Frei Vital de Oliveira.
— Além de conscientizar os alunos sobre a importância da separação do lixo, conscientizamos a comunidade e envolvemos todos na causa. E também ajudamos a escola estadual, mostrando que a solidariedade move montanhas — destaca a diretora.
Escola ainda espera por reforma
Mais de um ano depois de ter sido atingida por um ciclone extratropical, o cenário na Escola Estadual de Ensino Médio Dom Frei Vital de Oliveira parece o mesmo do dia seguinte ao evento climático. Mas na verdade, se tornou mais crítico, já que o gasto inicial, orçado em menos de R$ 30 mil, atualmente, gira em torno dos R$ 268 mil. Será preciso construir um novo telhado e um novo piso, além de outros reparos.
Segundo a coordenadora da 23ª Coordenadoria Regional de Educação (23ª CRE), Cristina Boeira Fabris, o processo está no setor de Obras da Secretaria de Educação. O último andamento aconteceu na quarta-feira (10) e foi revalidada a proposta pela empresa que irá fazer a reforma. Os próximos passos são assinatura de contrato com a empresa e início da obra. A escola será incluída em um dos eixos do programa Avançar Educação, chamado de Escola Padrão, que contemplará 56 colégios do Rio Grande do Sul, que prevê ampla reforma e investimentos em tecnologia.