Consumidores de Caxias do Sul estão procurando os postos de combustíveis na manhã desta quinta-feira (9) com com receio de que, em função das manifestações nas rodovias e bloqueios de trânsito, os estoques acabem. A procura aumentou se comparado com a quarta-feira (8), mas, segundo os funcionários dos postos visitados nesta manhã, não há falta de combustíveis. A informação é confirmada pelo Sindipetro.
O administrador da Coocaver, José Carlos Borges, relatou que um caminhão que saiu do posto nesta manhã chegou a ficar parado por algum tempo em um bloqueio na RS-122, em São Sebastião do Caí, mas foi liberado e seguiu viagem em direção a Canoas, onde busca o combustível:
— Estamos percebendo alguma dificuldade porque passa por alguma barreira. Estamos vendendo um pouco acima do normal.
O proprietário do posto Gambino da Rua Pinheiro Machado, João Carlos Conte, também destacou o aumento de demanda. No final da manhã, a fila no posto tinha um pouco mais de 30 carros.
— Estamos com os caminhões todos carregados. Está tudo normal. O movimento é que está um pouquinho acima do normal — relatou Conte.
No posto SIM do bairro São Leopoldo, um caminhão abastecia as bombas por volta das 10h30min. Ele não parou em nenhum bloqueio. A administradora Simone Valladão também descreveu aumento na procura nas últimas horas.
— Ontem (quarta) à noite e hoje (quinta) de manhã teve movimento acima do normal. Mas o abastecimento está tranquilo.
O presidente do Sindipetro, Eduardo D'Agostini Martins, disse que tanto a base de Caxias está carregando quanto os postos estão recebendo combustíveis normalmente.
Movimento segue normal em supermercados
Em mercados de bairros de Caxias do Sul, o movimento não cresceu na manhã desta quinta-feira, mas, pelo menos um deles relatou mudança no comportamento dos clientes, que já compram maior quantidade de produtos da alimentação.
— Não tivemos impacto em entrega, porque trabalhamos com muitos perecíveis, que estão liberando (a passagem nos bloqueios). Algumas pessoas estão comprando itens com maior volume em produtos específicos — disse o gerente do Super Testolin, no bairro Exposição, Júlio Mendo.
Em outro estabelecimento, o gerente do Multi Condor São Leopoldo, Roque Aloisio Schneider, disse que há atraso na chegada de mercadorias secas que vêm de São Paulo, em função da parada em pontos de bloqueio e que um caminhão que traria hortifrutigranjeiros de Feliz retornou ao deparar com o bloqueio em Forqueta nesta manhã. Sobre o movimento de clientes, segundo ele, não teve impacto.
No bairro Santa Catarina, o gerente do Supermercado Forlin, Alex Jiacomin, falou que estão recebendo normalmente todas as mercadorias nesta manhã. Apenas um fornecedor de alface que vem de Carlos Barbosa, que costuma chegar no começo da manhã, atrasou a entrega, também por causa do ponto de manifestação em Forqueta. Na procura, não houve alteração, até o momento.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Caxias do Sul (Sindigêneros), Eduardo Slomp, disse que o setor chegou a se preocupar diante das manifestações, mas que a situação é de normalidade.
— Está tudo normal. Ficamos muito preocupados com a carne, que é um perecível, e os hortifruti, que se recebe todo o dia, mas a entrega está normal — tranquiliza o dirigente.