Nesta terça-feira (17), os alunos participantes da 8ª edição dos Jogos Robóticos Online, promovido pela Rede Caminho do Saber, em Caxias do Sul, cumpriram a primeira missão: apresentar a sua máquina do tempo. Neste ano, nove equipes participam da competição, inclusive uma de Pato Branco, no Paraná, além de outras cidades gaúchas, como Sapucaia do Sul e Canoas, além das caxienses.
O tema desse ano é “viagem no tempo” e faz relação com a pandemia, uma vez que muitas coisas se desenvolveram rapidamente. Entre elas, a tecnologia, conforme a técnica da Tecnoway e vice-diretora de Tecnologia Educacional da Caminho do Saber, Alexandra Colvara. Assim como no ano passado, os desafios são online e chamados de “missões”. Cada missão explora uma área diferente da robótica.
— Achamos que por causa do formato virtual eles não iriam querer participar. Mas quando apresentamos a ideia, todos aceitaram na hora. Foi a forma que encontramos de manter os jogos, que são uma tradição — explica Alexandra.
As equipes estão divididas por níveis, de acordo com o ano escolar dos participantes, sendo o nível 1 para alunos de 5º e 6º anos, o nível 2 para estudantes de 7º e 8º anos. O nível 3 abrange alunos do 9º ano e do Ensino Médio.
Realizado desde 2014, os Jogos promovem atividades que envolvem criatividade e o desenvolvimento de robôs. A primeira missão, entregue na terça-feira, era desenvolver uma máquina do tempo e apresentar por meio de um vídeo informações como o tipo de combustível utilizado, para qual ano a máquina viajaria e como seria a viagem.
Graças ao formato virtual, equipes de outras cidades e Estados também estão participando. Uma delas é a Leri Duck Bots, do Colégio Integral, de Pato Branco (PR). Para Lauren Dalla Costa, 13 anos, uma das participantes, a experiência virtual favorece as reuniões com a equipe e é uma boa forma de diminuir a pressão por não colocar os participantes em contato direto.
— Por ser online, a gente aprendeu a usar mais recursos e evoluiu mais do que presencialmente. Mas tem que ter muito mais colaboração. É legal para incentivar o espírito de equipe — conta.
Ainda no conceito de imaginar os mundos, a segunda missão proporciona uma voltinha no passado. Nessa etapa, os alunos precisam escolher uma época e construir um mundo no jogo Minecraft. Os participantes devem seguir as características da era escolhida. Essa etapa é esperada ansiosamente pelos participantes, como conta Leonardo Valença Colvara, 12, e participante da equipe Imagine Robots, do 7º ano.
— Está sendo uma experiência incrível porque as provas são bem legais. Estou confiante na minha equipe nessa próxima prova. É a que mais estamos esperando porque é a mais divertida e a mais legal — revela Leonardo.
Além do passeio pelo passado, os alunos também têm a oportunidade de dar uma passada no futuro e imaginar como serão questões como transporte, moradia, áreas urbanas e rurais. Segundo Julia Florêncio Vanin, 11, do 5° ano, os Jogos são a chance de trocar experiências e aprender.
— Estou bem feliz porque estava ansiosa para participar dos Jogos. É uma oportunidade de conviver com outras pessoas e aprender a trabalhar em equipe, porque quando isso acontece a gente pode ensinar e aprender — reforça Julia.
A última etapa, única aberta para o público, envolve a avaliação do trabalho em equipe. Os alunos podem se fantasiar e devem apresentar um "grito de garra", além de interagir com a equipe avaliadora. Essa etapa pode ser acompanhada pelo YouTube da Rede Caminho do Saber. O trabalho em equipe foi um ponto destacado por participantes como Rafael Constante Guarnieri, 13, estudante do 8° ano.
— Está sendo uma experiência bem legal e inovadora. Dá para evoluir bastante e levar para a vida essa experiência e aprendizagem. As atividades são bem interativas, então dá para interagir com os colegas — avalia Rafael.
Todos os participantes irão receber uma “medalha-troféu” e as equipes destaques em cada nível receberão um troféu de equipe destaque. Os Jogos Robóticos encerram no dia 27 de agosto e os resultados serão divulgados entre os dias 30 de agosto e 3 de setembro.
— A ideia de proporcionar é para que eles possam enxergar uma forma de trabalhar em equipe, resolver desafios e estimular a criatividade. Não é apenas para diversão, mas também trabalhar a tecnologia na parte educacional — propõe Alexandra.