Nossa Senhora de Caravaggio é celebrada na próxima quarta-feira, dia 26 de maio, mas as homenagens já se intensificam neste final de semana. Por causa da pandemia, as atividades serão virtuais mais uma vez. As missas deste sábado e domingo, às 8h, 10h30min, 15h, 17h, além do terço, às 14h, poderão ser acompanhadas pelo YouTube, Instagram e Facebook do Santuário. A pré-romaria virtual, às 11h de domingo, também terá transmissão pelos canais oficiais de Caravaggio.
Na quarta, dia da santa, além das missas e do terço, haverá a 1ª edição do Drive-Thru da Fé. Das 8h às 16h, os condutores e passageiros de automóveis que chegarem ao Santuário receberão bênção de padres e poderão contribuir com um quilo de alimento não perecível. As doações serão destinadas a instituições por meio do gabinete da primeira-dama de Farroupilha.
O drive-thru foi a solução para manter a tradição dos romeiros:
— Já que o drive-thru está na moda, por que não fazer um drive-thru da fé, onde as pessoas poderiam chegar até o Santuário, estar diante da nossa devoção e pudesse ser um significado dentro da romaria virtual? Teremos uma tenda da bênção e não vamos permitir que haja engarrafamento, aglomeração. É um gesto. Nada do que estamos fazendo hoje é o ideal. O ideal seria estarmos juntos, a essência disso aqui é aquela multidão, mas nós entendemos que neste momento não é possível, então a gente adia para mais adiante e faz esse gesto do drive-thru — disse padre Gilnei Fronza, reitor do Santuário de Caravaggio, em entrevista ao Gaúcha Hoje da Gaúcha Serra nesta sexta-feira (21).
Aos que fizeram promessas de caminhar a Caravaggio a pé e participar das missas de forma presencial, o religioso pediu compreensão. Para ele, a relação com Nossa Senhora e com a fé não pode ser uma relação de mercado ou "uma relação de quem tem sempre algo a pagar ou a receber". Deve ser, sim, uma relação de compromisso de amor, com gratuidade:
— O que mais precisamos fazer e certamente aquilo que mais vai agradar a nossa fé e a devoção à Nossa Senhora de Caravaggio é que a gente possa cuidar neste momento da nossa saúde e da saúde dos outros. A nossa vontade de estar aqui vamos adiar mais um pouquinho. Quiçá depois da vacina, quando todos estivermos em segurança, a gente possa fazer uma romaria maior, uma romaria daquelas de lavar a alma para que a gente possa dizer "agora, sim, agora estou bem, estou realizado. Aquele ciclo que eu espera terminar está concluído, então quero fazer essa romaria com gratidão".
O padre espera que as tradicionais celebrações possam ser retomadas na próxima edição. O momento, além de compreensão, deve ser de colaboração.
— Estamos diante de uma limitação, de uma fragilidade, de um vírus que é letal e que está exigindo um esforço maior. Por que não colaborarmos? É melhor colaborarmos do que pagarmos um preço maior, da enfermidade ou mesmo do luto. Precisamos nos ajudar, precisamos da solidariedade, precisamos estar interligados, precisamos cuidar uns dos outros — finalizou Fronza.